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Hipermercado nos terrenos da Sopepor

Hipermercado nos terrenos da Sopepor

Solução resolve o problema dos produtos químicos abandonados na antiga fábrica de pesticidas de Almeirim

O interesse de uma grande superfície da cadeia ALDI pelos terrenos da fábrica é a esperança para que as dez toneladas de resíduos perigosos sejam retiradas das instalações.

A localização de um hipermercado nos terrenos da antiga fábrica de pesticidas de Almeirim, Sopepor, foi aprovada pela Câmara de Almeirim na reunião do executivo de segunda-feira. Com esta decisão, e se a superfície comercial for em frente com a intenção de se instalar no local, resolve-se o problema das cerca de dez toneladas de produtos químicos abandonados na fábrica desactivada há mais de 20 anos. A grande superfície que pretende instalar-se no local, da cadeia ALDI, ficará responsável pela remoção dos resíduos perigosos por uma empresa certificada pelo Ministério do Ambiente. Fica ainda sujeita a condicionantes em termos de construção que podem ser exigidas pelos serviços técnicos. O técnico do município, António Forte, num parecer sobre o pedido de aprovação de localização refere que “caso não seja de obrigatoriedade legal a execução de um plano de pormenor para a zona, deverá a câmara condicionar a aprovação da implantação da superfície comercial”. E aponta a execução e aprovação prévia de uma proposta de ordenamento urbano da área.Pretende-se deste modo, segundo diz o arquitecto, que a construção do hipermercado “não constitua uma barreira à expansão da zona numa lógica de continuidade, crescimento e desenvolvimento urbano”.A limpeza do local tem sido inviabilizada, na óptica do presidente da câmara, Sousa Gomes (PS), devido ao elevado custo da operação. Segundo garantiu, com base num orçamento recente, são necessários 225 mil euros para remoção e tratamento dos resíduos. Os proprietários do terreno, que estava arrendado, não têm essa verba e quanto aos donos da fábrica não se lhes conhece paradeiro. O município tem vindo a mediar a compra dos terrenos na perspectiva de que o adquirente ficasse responsável pela remoção dos resíduos. Sousa Gomes (PS) chegou a anunciar negociações com uma empresa construtora que pretendia urbanizar o espaço. Devido ao falhanço das negociações, o caso acabou por ser remetido para o Ministério Público. Sousa Gomes já tinha revelado a O MIRANTE que a Inspecção Geral do Ambiente informou-o desse propósito, uma vez que os donos da desactivada fábrica não tinham ainda retirado do local os resíduos passíveis de causar danos ambientais. Desde que a Sopepor parou de laborar que estão abandonados nas instalações produtos como soda cáustica e sulfato de magnésio. Desconhece-se qual o estado desses produtos e que reacções já tiveram com o passar do tempo.
Hipermercado nos terrenos da Sopepor

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