O vereador da CDU, Carlos Coutinho, defendeu na reunião de câmara que esta é “uma regalia muito justa e necessária”. O vereador considerou não ser justo que mesmo os trabalhadores cumpridores sejam prejudicados com a revogação da circular. Destacando o facto das chefias continuarem a passar autorizações de dispensa mesmo perante os abusos, Carlos Coutinho advogou que as chefias sejam mais criteriosas. Maria da Luz Rosinha justificou a actuação das chefias com a “dificuldade em dizer não”. A autarca concordou que “trabalhadores que se aplicam, que evitam faltar devem ser distinguidos”.O vereador da coligação Mudar Vila Franca, Rui Rei, classificou de “oportunistas” os trabalhadores que frequentemente recorrem à dispensa. “Deve-se responsabilizar quem abusa e quem autoriza o abuso”, defendeu. Rui Rei condenou, ainda, o comunicado do sindicato, que considerou um erro. “A uma carta da presidente da câmara municipal não se responde com um comunicado”, referiu. Esta posição suscitou do vereador Carlos Coutinho um comentário irónico apelidando o vereador do PSD de “grande educador da classe operária”, o que gerou alguma tensão entre os dois vereadores.