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“Se gostam da festa, têm de dar o coiro”

Ex-mordomo da Festa dos Tabuleiros responde às críticas
“Se gostam da Festa, têm de dar o coiro”. Foi deste modo que o mordomo da edição de 2003 da Festa dos Tabuleiros e presidente da Associação da Festa dos Tabuleiros exprimiu o seu descontentamento relativamente às críticas de que tem sido alvo.Crítico quanto baste, António Madureira coloca o dedo na ferida e questiona a legitimidade de quem apenas critica a associação, que tem por objectivo catapultar o maior evento do concelho de Tomar, e não tem feito nada para bem da festa.A associação foi criada em 2004 por 13 pessoas. Passados três anos tem 92 sócios, dos quais apenas oito têm as quotas de 2005 – 20 euros – pagas. António Madureira salienta ainda o facto de, entre quase uma centena de sócios, apenas haver duas entidades colectivas – a Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais e a Casa do Concelho de Tomar. “O resto são cidadãos do mundo”, diz.“É fácil dizer que se gosta da festa e que se quer que ela seja um evento de âmbito profissional, com maior projecção nacional e internacional. O difícil é passar das palavras à prática”.Para o ex-mordomo, que cessou formalmente funções na noite da última segunda-feira, com a eleição de João Vidal para mordomo da festa de 2007 (ver texto à parte), não se pode manter o evento com uma estrutura amadorista.“Se se quer a afirmação da Festa dos Tabuleiros, com boa concertação entre as 16 juntas de freguesia, tem de se arranjar uma estrutura permanente, uma organização eleita de quatro em quatro anos, em alternância com a eleição do mordomo. Uma estrutura que trabalhe todos os anos e não só no ano da realização da festa”, refere António Madureira.Que diz não valer a pena tapar o sol com a peneira. “Uma organização assim tem de ter uma cara, um líder, que todos reconheçam e a quem todos podem recorrer. Não pode ser uma coisa abstracta”.Entre “o rosário de lamentações”, como disse o vice-presidente da associação, António Perfeito, ficou assente na última assembleia geral da Associação da Festa dos Tabuleiros, realizada na quinta-feira, dia 2, que a Câmara de Tomar tem de ter um papel mais activo, de ser um parceiro com maior intervenção.O que, na opinião de António Madureira, não tem acontecido até agora. O ex-mordomo refere a título de exemplo que a associação tinha de entregar as chaves do edifício onde provisoriamente está instalada – único património da casa bancária Mendes Godinho e filhos – ao proprietário, o Banco Espírito Santo.“Antes do prazo terminar solicitei à câmara a cedência de um outro espaço, nomeadamente para colocar todo o espólio e o equipamento adquirido para a festa de 2003 e nunca obtive resposta”, refere o mordomo.Que afirma não ser por acaso que as instalações chegaram ao estado degradante em que estão. “É mais uma chamada de atenção aos que dizem gostar da festa mas pouco têm feito para ela se tornar num evento profissional”.A assembleia vai continuar dia 29 deste mês para discussão das suas contas. Embora não haja muito para discutir. À data da assembleia, a associação tinha 880 euros no banco e apenas 120 euros em caixa.

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