A compra do terreno onde se situava o antigo paço real e a intenção de José Manuel Fidalgo de construir duas vivendas no local provocou a indignação do sociólogo e investigador da história de Paço dos Negros, Manuel Evangelista. “O terreno faz parte de um conjunto inseparável e deve ser alvo de sondagens arqueológicas”, disse a O MIRANTE na edição de 8 de Fevereiro de 2006. “A câmara em vez de proteger o património tem permitido a vandalização. Isto é um crime de lesa cultura”, disse ainda Manuel Evangelista, que diz não ter nada contra o dono do terreno. A realização de escavações já era sugerida pelo técnico do IPPAR, Paulo Martins, numa informação de 2001 constante no processo de classificação. Mas que nunca foi posta em prática. O técnico sugeriu que esses trabalhos passassem pela “contratualização entre a autarquia e os proprietários para a salvaguarda e conservação de um complexo local com importância histórica mas sem equivalente arquitectónica construída”.