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Desenvolvimento da Chamusca comprometido pelo IC3

Desenvolvimento da Chamusca comprometido pelo IC3

Itinerário complementar é imprescindível para a captação de investimentos

A Câmara da Chamusca considera que está na hora do Governo avançar com a obra como reconhecimento pela disponibilidade do concelho em acolher dois aterros para resíduos industriais perigosos.

O atraso na construção do troço do Itinerário Complementar 3 (IC3) a sul está a comprometer o desenvolvimento do Parque Eco da Chamusca. Uma zona destinada à instalação de empresas da área ambiental e que é a grande esperança para o desenvolvimentos do concelho e para combater a desertificação. Para o presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU), está na hora do Governo reconhecer a solidariedade que o município teve com o país ao ser o único a aceitar a instalação de dois aterros para resíduos perigosos. E de se avançar rapidamente com a construção deste itinerário fundamental para ligar o concelho à Auto-Estrada 13 (Almeirim-Marateca) e ao sul do país.O troço do IC3 entre Chamusca e Almeirim não passa da fase de estudo prévio há dez anos, lembra Sérgio Carrinho. Acrescentando que o primeiro estudo teve que ser abandonado porque entretanto apareceu nova legislação na qual não se enquadrava. “Agora estamos outra vez na fase de estudo prévio porque nestes dez anos houve gente que não decidiu o que devia ter decidido. Porque quem tinha que tomar as decisões não as tomou”, desabafou. Sérgio Carrinho está de tal forma angustiado com a situação que já escreveu ao presidente da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT), da qual o concelho da Chamusca faz parte. O autarca pretende que Sousa Gomes, que também é presidente da Câmara de Almeirim, agende este tema numa próxima reunião da CULT, no sentido de se tomar uma posição de força. “Estando nós disponíveis para aceitar a instalação de equipamentos de carácter nacional, (os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos) não faz sentido que a construção do IC3 não seja acelerada”, salientou Sérgio Carrinho. Até porque, acrescenta, a Estrada Nacional (EN) 118 está congestionada e não permite uma rápida fluidez de tráfego por atravessar a Chamusca, Alpiarça e Almeirim.Sérgio Carrinho referiu ainda o esforço que o município está a fazer para construir as infra-estruturas do Parque Eco, na freguesia de Carregueira. Obras que estão a ser custeadas pela autarquia que neste momento atravessa uma crise financeira. Recorde-se que as dívidas da câmara são de cerca de 14 milhões de euros. Este esforço para captar empresas para um concelho pobre onde as dificuldades de emprego são muitas, não terá repercussões enquanto continuarem a passar mais de seis mil veículos por dia (a maior parte pesados) pela EN 118. Situação que vai piorar quando entrarem em funcionamento os dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos. As preocupações de Sérgio Carrinho foram transmitidas à deputada do PCP eleita pelo distrito de Santarém, que na sexta-feira visitou a Chamusca. Luísa Mesquita considerou que a administração central não pode criar obstáculos a quem precisa e quer desenvolver-se. A um concelho que apostou no tratamento de resíduos como sector estratégico de luta contra a pobreza. A deputada lembrou que o distrito de Santarém tem um número de auto-estradas de fazer inveja a muitas outras zonas do país. Mas, ressalvou, “se não houver uma rede de itinerários complementares que liguem às auto-estradas elas não nos são úteis”.
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