As dificuldades financeiras que estão subjacentes às obras no parque desportivo, não têm implicações no futebol, porque segundo o presidente do Meiaviense, há orçamentos diferenciados para uma e outra situação. “Os 750 euros que temos de pagar mensalmente do empréstimo para as obras, não saem do orçamento para o futebol”, garantiu. Aliás Filipe Neves é peremptório quando fala no futebol na Meia Via. “Somos um clube pequeno e a subida à primeira divisão aconteceu quase por acaso, temos plena consciência que o nosso lugar é na segunda divisão distrital. Não temos condições financeiras para ir mais além do que isso”, referiu.“Tivemos que construir um plantel ao nível das nossas possibilidades. As ajudas são poucas, da câmara municipal o apoio é zero. A época passada foi-nos atribuído um subsídio de 4.750 euros. Foi atribuído mas ainda não o recebemos. Para esta época a única coisa que nos foi dito é que o subsídio ia ser reduzido para quarenta por cento, mas ainda não nos foi atribuída qualquer verba”, disse Filipe Neves.Por isso, a construção do plantel para disputar a primeira divisão distrital teve que ser feita com o trabalho dos dirigentes e o apoio de algumas pequenas empresas e com algumas receitas da sede. “Mas também é verdade que os jogadores têm sido excepcionais, têm tido uma excelente entrega, não falham aos treinos e batem-se muito bem nos jogos. Mas não temos tido muita sorte e as opções também não são muitas”, afirmou o presidente do clube.No entanto, Filipe Neves reforça que a descida à segunda divisão não é nenhum drama e faz questão de dar uma palavra de estímulo aos atletas e de agradecimento aos adeptos do clube, que domingo a domingo não deixam de ir até ao jogos e incentivar os jogadores.