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Dinheiro fresco vem a caminho

Dinheiro fresco vem a caminho

Assembleia Municipal de Santarém aprova soluções financeiras para aliviar tesouraria

O encaixe de uma verba que se estima superior a vinte milhões de euros vai permitir pagar dívidas em atraso às juntas de freguesia, associações e fornecedores.

Estão criadas as condições para entrar dinheiro fresco nos exauridos cofres da Câmara de Santarém. A assembleia municipal aprovou na tarde de quinta-feira, por unanimidade, um conjunto de soluções propostas pelo executivo que vai permitir aliviar a tesouraria e liquidar parte do passivo da autarquia, que rondará os 70 milhões de euros.Tal como aconteceu na discussão havida no seio do executivo, a oposição reclamou alguns créditos sobre as medidas tomadas. E não se cansou de referir que há três meses a gestão PSD liderada por Francisco Moita Flores insistia apenas na operação financeira de leaseback como fundamental para a resolução do passivo de curto prazo. Uma solução entretanto abandonada e substituída pelas medidas agora aprovadas.“Afinal havia e há mais vida para além do leaseback” afirmou o socialista Pedro Braz, depois de registar o “agrado” do PS por poder votar favoravelmente as soluções propostas – “pensamos que servem a população do concelho”. Refutou ainda acusações de que os socialistas teriam andado a adiar soluções para retirar daí dividendos políticos. “Não podemos permitir que essas discordâncias possam ser confundidas com meros gestos de putativo orgulho para penalizar o povo de Santarém”, disse Pedro Braz, referindo-se ao processo que envolveu o chumbo da operação financeira de leaseback pelo PS.A bancada da CDU pronunciou-se no mesmo sentido, com José Luís Cabrita a constatar que “havia outros caminhos que a obsessão do presidente da câmara e do PSD não queriam ver”.“Estas propostas merecem o apoio da CDU” afirmou o autarca comunista. José Luís Cabrita rejeitou as acusações do PSD de que a sua força política não havia apresentado qualquer solução alternativa às propostas pelo PSD. E lembrou que algumas das medidas agora aprovadas já haviam sido defendidas pela CDU na campanha eleitoral.Uma afirmação que motivou uma intervenção irónica do presidente da Câmara de Santarém. “Saúdo a CDU por ter apresentado todas estas propostas que vamos agora aprovar. Não me importo que a CDU fique com os louros disto, porque não fez mais nada”, declarou Francisco Moita Flores. Que acrescentou no mesmo registo: “Isto foi tudo produzido pela CDU, mas ao nível da retórica. E há uma coisa em que nunca nos vamos entender, porque retórica para mim não é trabalho. Trabalho é decidir”.José Gandarez, da bancada do PSD, foi menos generoso com a oposição na hora de partilhar méritos: “A sua responsabilidade não é só de ser contra mas também de apresentar soluções alternativas. Como não o fez não pode vir partilhar esta solução apresentada pelo PSD no executivo”.
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