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Cáritas de Vila Franca precisa de ajuda

Cáritas de Vila Franca precisa de ajuda

Instituição de solidariedade social atravessa maior crise financeira de sempre

A Cáritas Paroquial de Vila Franca de Xira está a atravessar a maior crise financeira de sempre. Os funcionários não receberam subsídios de férias e Natal em 2005 e há dívidas a saldar com fornecedores.

Os 14 funcionários da Cáritas Paroquial de Vila Franca de Xira ainda não receberam os subsídios de férias e Natal referentes a 2005. Esta é uma das consequências mais graves da crise financeira que está a atingir a instituição particular de solidariedade social.As dívidas a fornecedores da instituição estão também a dificultar o dia a dia da Cáritas, que tem a seu cargo a mensalidade do empréstimo bancário da aquisição do edifício onde funciona, na Rua António Maria Eugénio de Almeida. As obras feitas na instituição há mais de quatro anos, para dignificar o atendimento aos utentes, contribuíram para alargar ainda mais o fosso da crise financeira. A instituição efectuou obras de melhoramento no prédio, investiu em equipamento de cozinha e lavandaria e realizou arranjos exteriores com a ajuda do programa de requalificação urbana “Recria”, o que agravou o encargo da instituição.“O dinheiro que se recebe da Segurança Social por cada utente, o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e o que as famílias pagam não chega para fazer face às despesas”, confessou ao nosso jornal a coordenadora da instituição, Carla Pereira.A direcção da instituição, que prefere não divulgar os números das dívidas, já reuniu com os responsáveis da Segurança Social de Lisboa para tentar garantir uma injecção financeira de forma a auxiliar a instituição.Carla Pereira sublinha no entanto que mais do que ajuda monetária a instituição precisa de aumentar o número de utentes nas valências do apoio domiciliário, centro de convívio e centro de dia (ver texto nesta edição) para superar as dificuldades.“Ainda temos capacidade para receber mais utentes. Estamos a passar por uma crise, mas se recebermos mais pessoas, receberemos mais da segurança social e das famílias e é possível ultrapassar esta situação”, garante.A coordenadora afasta a possibilidade da instituição fechar portas e está convicta de que irá conseguir conquistar mais utentes e ultrapassar a fase crítica.Carla Pereira garante que os funcionários compreendem as dificuldades e apesar dos subsídios em atraso continuam a disponibilizarem-se para fazer horas extra e compensar a falta de pessoal – outra das carências da instituição.“Com uma única pessoa na cozinha e sem ajuda dos outros funcionários seria impossível garantir o fornecimento das refeições”, ilustra Carla Pereira, que garante que mesmo com os ordenados em atraso tem havido “um esforço redobrado dos funcionários em levar o projecto mais além”.Além das três valências de apoio a idosos a Cáritas Paroquial, criada formalmente há 20 anos, fornece também avio a 95 famílias carenciadas de Vila Franca de Xira. Os géneros alimentícios são oferecidos pelo Banco Alimentar Contra a Fome. A valência de atendimento social (ver texto nesta edição) funciona com a ajuda de oito voluntários da instituição e sem qualquer apoio da segurança social, representando antes mais um encargo para a instituição que tem que suportar o custo do transporte dos alimentos até Vila Franca de Xira. Ana Santiago
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