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Derrocadas entopem acesso a Dornes

Câmara de Ferreira do Zêzere diz não ter dinheiro para solucionar o problema

Há três estradas para chegar à aldeia de Dornes, Ferreira do Zêzere, e nas três tem havido sucessivas derrocadas de terra e pedras.

Há 15 dias um habitante de Dornes, Ferreira do Zêzere, ia tendo um acidente rodoviário por causa de uma pedra que caiu da encosta de uma das três estradas que ligam a aldeia turística à estrada nacional que dá acesso à sede de concelho e a TomarO incidente não é novo. Todos os anos, como confirma o presidente da Câmara de Ferreira do Zêzere, Luís Pereira (PSD), há terra e pedras a caírem das encostas para as estradas de Dornes. E todos os anos o município utiliza o mesmo estratagema – reforça a sinalização de perigo de queda de pedras nas vias e vai removendo-as, à medida que caem.“Não aconteceu este ano nada mais do que nos anos anteriores”, salienta o edil, numa tentativa de minimizar um problema que até tem solução, só que demasiado onerosa para o município.“Há hipóteses de estancar a queda, não há é dinheiro”, admite Luís Pereira, adiantando que há cerca de seis anos a sua autarquia chegou a fazer uma candidatura a um programa comunitário mas não conseguiu o financiamento.Fazer a contenção das barreiras não é tarefa fácil, especialmente na zona de Dornes, onde as encostas são muito escarpadas, sem terra que permita a fixação e consolidação da vegetação.O problema já foi estudado vezes sem conta pelos serviços técnicos da autarquia, nomeadamente no que respeita à análise do perigo e à frequência das situações. E foi encontrada uma solução, embora o presidente se tenha escusado a divulgá-la. “Não vale a pena, não vai ser feita”, justificou.O que já está programada é a colocação de uma rede nas encostas mais problemáticas antes do próximo Inverno. Mesmo assim, salienta o presidente, “será um investimento avultado para uma autarquia pequena como a nossa”.Menos confiante está o comandante distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, que assim que teve conhecimento da carta enviada pelo munícipe “assustado” solicitou à câmara esclarecimentos sobre a situação.Ao nosso jornal Joaquim Chambel afirmou que só se poderá começar a pensar numa solução depois de se identificar muito bem o problema e saber qual é a sua extensão. “Os problemas de morfologia de terrenos não se resolvem de um dia para o outro”, salienta.O presidente da Câmara de Ferreira do Zêzere diz que nunca houve qualquer acidente grave provocado pelas derrocadas. “Não temos registo de danos em pessoas e/ou viaturas”.Margarida Cabeleira

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