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Estrada foi por água abaixo

Estrada foi por água abaixo

Há um ano que a Câmara de Torres Novas fechou a ponte e abriu um caminho provisório para Fungalvaz

Os habitantes de Fungalvaz ficaram sem o acesso mais directo à aldeia vizinha.

Nem ponte nem estrada. A população de Fungalvaz, Torres Novas, ficou quinta-feira sem ligação à aldeia de Carregueira (e à estrada que a liga aos concelhos de Tomar e Ourém) depois de a travessia de terra batida que a câmara edificou há um ano ter sido destruída pela força das águas.Nada que os habitantes não tivessem já prognosticado aquando das obras camarárias, em Junho do ano passado. Na altura, quando por via do perigo que representava a ponte – pavimento rachado e abaulado na parte central – a câmara decidiu fechá-la ao trânsito.Como alternativa construiu ao lado uma passagem provisória feita com terra e brita. Uma espécie de açude com manilhas no meio para escoamento das águas. Só que os habitantes não ficaram satisfeitos. Nem descansados. Diz quem viu a obra ser feita que as manilhas colocadas pelo município não dariam para escoar a água da ribeira, sempre que as mesmas corressem com mais caudal.E o prognóstico dos moradores concretizou-se. Na quinta-feira, devido à chuva intensa, a força da água foi tanta que conseguiu partir as manilhas de cimento em bocados. A enxurrada de terra, cimento e lama quase tapou o curso da ribeira e criou um fosso de mais de cinco metros entre os dois lados da estrada provisória. “Já era de esperar isto, com uma estrada feita de saibro e brita”, refere um morador, olhando desolado para os estragos.Na segunda-feira, quando a nossa reportagem se deslocou ao local, uma máquina da Câmara de Torres Novas tapava com pedras o acesso à estrada, para que os mais incautos não caíssem na armadilha. Dias antes, a autarquia já tinha colocado um sinal de proibição de passagem na estrada que liga a aldeia ao concelho de Tomar e Ourém, junto ao apeadeiro da CP.Mesmo assim, afiançam alguns habitantes, havia gente a desobedecer ao sinal, para não ter de ir dar uma volta de uma dezena de quilómetros. Os mesmos quilómetros que a retroescavadora da câmara teve de fazer para ir também tapar com pedras o outro lado da via.Os habitantes mostram-se inconformados com a atitude do “deixa andar” do município. “Em um ano a câmara teve mais que tempo para recuperar a ponte e não mexeu uma palha”, refere um morador sem no entanto querer dar a cara. “O presidente conhece-nos a todos”, justifica outro.O MIRANTE tentou saber, junto do município, se já havia algum projecto para a recuperação da velha ponte e, em caso afirmativo, quando iriam as obras ser iniciadas. Perguntas que, até à hora de fecho, desta edição ficaram sem resposta.Margarida Cabeleira
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