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Quatro feridos e uma ambulância destruída

Quatro feridos e uma ambulância destruída

Bombeiros do Entroncamento envolvidos em acidente

“Nós já temos tão poucos recursos que uma ambulância parada é um prejuízo enorme, para os bombeiros e para a população servida”, diz o comandante dos Bombeiros do Entroncamento.

Um ferido grave, três ligeiros, um Fiat Uno irreconhecível e uma ambulância seriamente danificada é o resultado de um violento acidente ocorrido ao final da tarde de quinta-feira no cruzamento do Grou, estrada nacional 110, que liga Tomar ao nó da A23.Luís Dias já voltou ao trabalho mas ainda não consegue esquecer a imagem do Fiat Uno a ser projectado para a frente da ambulância em que viajava. O bombeiro voluntário do Entroncamento, que vinha no lugar de pendura no veículo de transporte de doentes, contou a O MIRANTE como o acidente aconteceu.Eram pouco mais de 18h30 de quinta-feira, 23 de Março. Na altura não chovia mas o piso estava molhado. A ambulância vinha do Hospital de Tomar com quatro ocupantes – o condutor e o pendura à frente, um doente que era transportado para o serviço de cardiologia do Hospital de Torres Novas e a enfermeira que o acompanhava.Ao descer a recta da Nacional 110 Luís Dias viu o Fiat Uno parado na faixa contrária, à espera da oportunidade de cortar à esquerda, para a Charneca do Maxial. “De repente aparece na lomba um outro carro que vai contra o Fiat, projectando-o na nossa direcção”, diz o bombeiro. E o acidente foi inevitável.O condutor do Fiat teve de ser desencarcerado pelos Bombeiros de Tomar, chamados ao local. A gravidade dos ferimentos levou à sua evacuação para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, não tendo sido possível, até ao fecho desta edição, obter informações sobre o seu estado de saúde.Com ferimentos menos graves mas visivelmente assustado ficou o doente que ia na ambulância. A “tábua de salvação” do idoso de Ourém foi o facto de ir acompanhado por uma enfermeira (que sofreu ferimentos ligeiros), que, segundo José Dias, “foi extremamente profissional” no meio da confusão gerada.O senhor Jacinto acabou por continuar o caminho numa outra ambulância, tendo sido internado no serviço de cardiologia do Hospital de Torres Novas, como inicialmente previsto.Os dois viajantes do veículo que abalroou o pequeno Fiat Uno não sofreram qualquer dano e, segundo o bombeiro do Entroncamento, saíram do carro pelo seu próprio pé.No local do acidente estiveram oito bombeiros (do corpo municipal de Tomar), apoiados por quatro viaturas de socorro e uma de desencarceramento.O prejuízo de ter uma ambulância parada“Nós já temos tão poucos recursos que uma ambulância parada é um prejuízo enorme, para os bombeiros e para a população servida”, diz o comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, olhando com desânimo para o veículo acidentado, encostado às “boxes” do quartel, à espera da visita dos peritos da companhia de seguros.A frente da ambulância vermelha de transportes de doentes está completamente danificada. O que resta do farol esquerdo está preso por um fio e o vidro dianteiro está estilhaçado em três partes.“Esta ambulância fazia em média seis serviços por semana para Lisboa. Às vezes dois por dia” diz Vítor Bertelo, adiantando que o dinheiro desses serviços vai fazer muita falta à corporação, que, com esta baixa, fica com sete veículos de socorro e transporte de doentes.Margarida Cabeleira
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