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Renovar viaturas e acabar com as fraudes

Renovar viaturas e acabar com as fraudes

Câmara de Santarém quer mexer na frota automóvel e instalar novos parquímetros

Reduzir as despesas com o parque automóvel e aumentar as receitas com o estacionamento tarifado são objectivos da actual gestão camarária.

A Câmara de Santarém vai desfazer-se de grande parte da sua frota automóvel e optar por um sistema de aluguer designado renting. Os veículos ligeiros a substituir vão ser vendidos através de hasta pública. “É um aluguer feito por quatro anos em que através de uma prestação mensal se paga o aluguer dos veículos e onde está incluída a manutenção, os seguros e a garantia de viaturas de substituição em caso de avaria”, diz o vice-presidente da autarquia, Ramiro Matos (PSD).Os veículos ligeiros a substituir vão ser vendidos através de hasta públicaUma medida do mesmo género já foi aplicada nos serviços municipalizados de água, aparentemente com êxito, esclarece a mesma fonte. O contrato será feito através de concurso público.A intenção é renovar o parque de viaturas ligeiras, envelhecido e com custos elevados de manutenção. Essa operação permite ainda uma reconversão ao nível das oficinas municipais que passarão a dedicar-se apenas aos veículos especiais, como carros do lixo, máquinas ou autocarros.“Com essa medida a Câmara de Santarém terá sempre uma frota em condições e eliminam-se todos os custos que existem associados a viaturas antigas com constantes avarias e consumos elevados em peças e até em combustíveis”, explica Ramiro Matos.No final dos quatro anos cessa o contrato com a empresa que ganhar o concurso e existe a possibilidade de a autarquia poder adquirir os veículos. “Mas o ideal será lançar novo concurso para novas viaturas”, advoga o vice-presidente do município.“Trata-se de uma questão de eficácia dos serviços e também de imagem. Porque há alguns automóveis que já deviam estar abatidos”, acrescenta Ramiro Matos, que diz esperar uma redução substancial das despesas com o parque automóvel.Acabar com as fraudes nos parquímetrosUma empresa está a realizar um estudo para determinar com precisão o montante da fraude de que são alvo os parquímetros instalados em Santarém. Ramiro Matos diz que, através de variados expedientes, os cofres da autarquia são lesados diariamente nalgumas centenas de euros.Como exemplo, o vice-presidente do município diz que o parque junto ao mercado municipal está quase sempre cheio durante do dia e cada lugar, em média, rende por dia apenas 15 cêntimos. Quando, pelas suas contas, devia render cerca de quatro euros.Uma das principais razões para essa quebra de receitas deve-se ao não pagamento puro e simples da tarifa por parte dos utilizadores. Há ainda casos de avarias, mas existem outros esquemas mais complexos que já foram detectados. Como o da introdução de chapas ou plásticos no interior das máquinas que impedem a queda das moedas dentro da caixa inviolável que se encontra dentro do parquímetro. As moedas acabam por ficar entre as caixas e o revestimento do parquímetro e depois é só partir e levar o produto.Em estudo estão duas hipóteses, que até podem ser aplicadas em simultâneo. Uma passa por um sistema da empresa americana Microsoft que pretende lançar em Portugal um novo método que passa pelo pagamento sem recurso a dinheiro físico. Um cartão magnético tipo Multibanco, pré-carregado, faz o débito no momento. Existe ainda a possibilidade ser feito através do telemóvel, via SMS.Se essa solução for por diante a autarquia terá de investir em novos parquímetros e em material informático, designadamente uma central que permita controlar o movimento dos parquímetros.Existe ainda a possibilidade de ser proposta ao executivo a concessão do estacionamento tarifado na cidade, independentemente de os novos parquímetros serem instalados ou não.
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