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Um jardim virado para o futuro

Um jardim virado para o futuro

As novas tecnologias aliadas à memória em Azambuja

O Jardim Urbano de Azambuja abriu oficialmente ao público. São 10.500 metros quadrados de espaço verde e de lazer em pleno coração da vila onde não falta o acesso à internet sem fios.

Um ninho de cegonhas paira tranquilamente na chaminé do novo Jardim Urbano de Azambuja, no lugar que outrora acolheu uma fábrica de álcool. Ao lado, sentado nos bancos de madeira, um utente faz a ligação do portátil à web através do sistema de internet sem fios.É assim o novo jardim urbano de Azambuja. Um espaço “virado para o futuro que preserva as memórias”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos, durante a inauguração do jardim, ao final da manhã de sábado, 25 de Março.O projecto do jardim urbano, há muito ansiado pela população, veio requalificar uma parte da vila que se encontrava esquecida, em pleno coração de Azambuja. No lugar das antigas oficinas municipais e parque de viaturas, entretanto transferidos para a zona dos Poisões, nasceu um espaço verde que se abre para a lezíria, do outro lado da linha de caminho de ferro.À memória da chaminé da antiga fábrica de álcool, símbolo da industrialização da vila, junta-se a fachada daquela que foi a primeira sala de cinema de Azambuja entre 1920 e 1950.Ao longo dos 10.500 metros quadrados do espaço, que na manhã de sábado foi percorrido por autarcas, convidados e populares, ao som do grupo popular “Pilha Galinhas”, existe também um skate park dedicado às modalidades mais radicais. O parque infantil do jardim, desenhado pelo director do departamento de urbanismo da autarquia, arquitecto Marques do Santos, tem piso sintético e a particularidade de ter sido concebido a partir de imagens do universo ribatejano.Um touro e um cavalo em ponto gigante, construídos por uma empresa especializada finlandesa, fazem as delícias dos mais novos. O espaço será servido por um bar a instalar no centro do jardim.O projecto global do jardim, integrado no âmbito do programa de requalificação Polis, tem a assinatura do arquitecto João Nunes, mas Joaquim Ramos lembra que “é um trabalho de todos os azambujenses que participaram com inúmeras sugestões”.O gestor directo do programa Polis, António Marques, elogiou a autarquia pelo projecto implementado num local nobre da vila que seria naturalmente apetecível em termos urbanísticos. “Só se fazem investimentos para serem vividos. Façam deste espaço um espaço vivido onde se criem relações e se estreitem laços, longe dos espaços virtuais que só afastam as pessoas”, sublinhou.O investimento do novo jardim ronda o milhão de euros, comparticipado em 55 por cento pelo programa de requalificação urbana Polis. Um percurso que segundo o presidente da câmara de Azambuja tem sido “duro e difícil”.A construção da rotunda nascente, zona fronteira à Estrada Nacional 3 e interface junto à estação são outras obras no âmbito do Polis. A requalificação da Rua dos Campinos e da zona envolvente ao centro de saúde irá fechar a obra de melhoramento da zona central de Azambuja.A última fase do projecto diz respeito à recuperação do campo da feira, actualmente em concurso público, onde irão surgir mais algumas dezenas de estacionamentos.Ana Santiago
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