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Exibição convincente ditou a vitória

Samora Correia venceu 2-1 o Benavente num derbi sempre muito emocionante

Cardoso e Bexiga responderam da melhor maneira ao golo inaugural de Bruno Daniel, marcando os dois golos com que o Samora Correia venceu o Benavente no derbi disputado no Campo da Murteira. A formação samorense foi a melhor em campo, dominou o jogo e venceu com justiça.

O Grupo Desportivo de Samora Correia venceu este domingo o Grupo Desportivo de Benavente, por 2-1, em jogo a contar para a vigésima terceira jornada do Campeonato Distrital da Primeira Divisão. Foi um derbi emotivo onde a equipa samorense foi a melhor formação em campo e mesmo sem grandes brilhantismos individuais mostrou argumentos e consistência para discutir a primazia no concelho de Benavente.Com muita gente a assistir, o jogo foi jogado a um ritmo interessante, sobretudo se tivermos em conta que a tarde esteve bem quente. A bola esteve quase sempre em jogo e se houvesse estatística para tempo útil de jogo, esta seria certamente muito elevada. Pena foi que já muito perto do final, Zé Aníbal, um jogador experiente, estivesse quase a estragar tudo o que de bom o jogo tinha tido. Agrediu um adversário e foi justamente expulso, criando um ambiente muito quente para com a equipa de arbitragem que esteve muito bem durante todo o jogo.A primeira oportunidade de golo surgiu logo aos quatro minutos para o Benavente. Santinho marcou um livre cruzando para a área, onde apareceu Jorge Ribeiro a rematar contra um adversário. A bola saiu muito perto do poste esquerdo da baliza de Carrelhas.O jogo estava vivo e a resposta do Samora não tardou. Aos sete minutos Edgar lançou o contra-ataque e a bola foi ter aos pés de João Pernes, que cruzou de primeira para o segundo poste onde apareceu Zé Aníbal a rematar por cima da barra. Podia ter feito melhor.O Samora começou a tomar conta do jogo. João Cardoso, Paulo Sérgio e João Pernes dominavam o meio campo e recuperavam muitas bolas, que rapidamente iam parar aos homens mais avançados. Zé Aníbal e Bexiga eram os mais intervenientes no jogo, ao contrário de Cardoso, que jogou mais avançado do que é habitual e rendeu menos do que costuma. O lateral esquerdo Edgar foi outro jogador de ataque.Do lado do Benavente os jogadores mais avançados começaram bem mas aos poucos foram-se perdendo no jogo. Bruno Pedro foi um dos mais consistentes ao longo do jogo, e por isso mereceu o prémio de marcar o golo da sua equipa. Depois de terem criado e desperdiçado várias oportunidades para marcar, os samorenses sofreram o primeiro golo. Iam decorridos 31 minutos de jogo, numa jogada rápida de contra ataque, a bola foi colocada nos pés de Nuno Gaiato, que, de primeira, cruzou para a área onde apareceu Bruno Pedro fulgurantemente, de cabeça, a desviar a bola para o fundo da baliza de Carrelhas. Este resultado era muito injusto para os samorenses, mas foi com ele que se chegou ao intervalo.Se na primeira parte o Samora Correia já tinha sido melhor, na segunda quase asfixiou o Benavente. Mas só aos 56 minutos conseguiu fazer o golo que igualava a partida. A bola passou em triangulações pelo meio campo samorense e João Pernes, que fez um excelente jogo, colocou a bola na meia lua, onde apareceu Cardoso a rematar forte para o fundo da baliza de Paleta.O jogo estava então empatado, mas a equipa de Samora Correia não abrandou. José Nunes mexeu ainda mais na sua equipa, colocando em campo mais poder de fogo, fazendo entrar Praia, para o lugar do lateral Russo, Badalo para o lugar de Cardoso e Luís Fonseca para o lugar de João Pernes, e a pressão acentuou-se.Contudo os samorenses continuaram a desperdiçar oportunidades de uma forma quase incrível. Zé Aníbal esteve desastrado a rematar. Também o guarda-redes Paleta conseguiu ir dificultando a tarefa aos avançados samorenses. Com um punhado de boas defesas foi conseguindo manter as suas redes fora do perigo.Mas aos 86 minutos chegou o golo da vitória. A bola deambulou de um lado para o outro da área do Benavente, chegou ao lado direito aos pés de Badalo, que cruzou para a área. A bola foi desviada por um defesa, e Luís Fonseca rematou fraco para a baliza, mas junto à marca de grande penalidade, o pequeno Bexiga baixou e de cabeça desviou a bola do alcance de Paleta marcando o golo da vitória.Um golo que foi muito festejado dentro e fora do relvado. Em cima dos noventa minutos, a bola foi disputada na área por Zé Aníbal e Paulino, os dois jogadores caíram enrolados, os samorenses reclamaram grande penalidade, que nem o árbitro nem nós vimos. O jogo continuou, os dois jogadores levantaram-se e Zé Aníbal, ao passar pelo seu adversário, aproveitou para o pontapear. O árbitro, a seguir a jogada não viu, mas o seu auxiliar, Hugo Silva, estava atento, não se intimidou, chamou Gonçalo Antunes, disse-lhe o que tinha visto e Zé Aníbal foi justamente expulso.O jogo terminou três minutos depois, com uma justa vitória do Samora, que apenas foi manchada pelo comportamento de Zé Aníbal, que no final do jogo teimava em querer dirigir-se aos elementos da equipa de arbitragem, que afinal fizeram um trabalho digno e não tiveram receio do ambiente que lhes foi criado.

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