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A revolução silenciosa

Sub-Região de Santarém informatiza centros de saúde a pensar nas USF

Os centros de saúde do distrito de Santarém vão ser todos informatizados a pensar na criação das unidades de saúde familiar. Já há seis grupos de profissionais que pretendem gerir centros de saúde do ponto de vista técnico e funcional.

A Sub-Região de Saúde de Santarém quer ter informatizados todos os centros de saúde do distrito até final do ano. O objectivo foi traçado na tarde de quinta-feira pelo coordenador daquela entidade, Fernando Afoito, numa conferência de imprensa realizada em Santarém.As primeiras unidades contempladas foram as de maior dimensão - Ourém, Tomar, Torres Novas, Abrantes, Santarém, Benavente e Coruche. O que corresponde a 178 médicos e a uma população de 280 mil utentes abrangidos. Seguem-se, numa segunda fase, as de Almeirim, Cartaxo, Entroncamento, Salvaterra de Magos ou Rio Maior. Ficando os centros de saúde de menor dimensão para a última etapa.Esta medida, que Fernando Afoito apelidou de “revolução silenciosa”, vai permitir construir uma base de dados concelhia que proporcione um acesso imediato através de computador ao processo clínico de cada utente. Ou seja, um utente registado numa extensão ou centro de saúde tem a sua ficha à distância de um clique em qualquer das unidades de saúde do concelho onde está registado. O SAM (Sistema de Apoio ao Médico) - que está a ser implementado de forma “calma e pacífica” segundo Fernando Afoito – permite que qualquer médico tenha acesso imediato à ficha clínica do paciente e fique a saber do seu historial clínico e da terapia que já lhe foi receitada.Além disso possibilita a prescrição de receitas por via informática. “O que reduz a zero o risco de erro na farmácia”, afirmou Fernando Afoito aludindo aos equívocos que por vezes existem na interpretação da letra dos médicos.A partir de agora a emissão dos certificados de incapacidade temporária (vulgo baixa) passa também a ser feita electronicamente, o que vai permitir acelerar o processo de pagamento aos doentes por parte da Segurança Social. E possibilitar o cruzamento dos dados da Segurança Social e da Sub-Região de Saúde para rectificar possíveis erros.“Trata-se de mudanças radicais naquilo que é o futuro do exercício da medicina neste distrito”, declarou Fernando Afoito aos jornalistas sublinhando que a recepção dos profissionais da medicina “tem sido excepcional”.Unidades de Saúde Familiar com seis candidaturasA modernização informática dos centros de saúde é já feita a pensar na implementação das Unidades de Saúde Familiar (USF) preconizada pelo Governo. Até ao momento surgiram seis candidaturas por parte de grupos de médicos, enfermeiros e pessoal administrativo – duas em Coruche, uma em Benavente, duas em Tomar e uma em Santarém.Esses grupos de profissionais propõem-se gerir a administração dos cuidados de saúde familiar nas áreas a que se candidatam, com autonomia técnica e funcional. Em termos financeiros e administrativos as directivas continuam a depender do Ministério da Saúde.Na prática, as USF compostas por uma equipa de profissionais multidisciplinar vão garantir a prestação permanente dos cuidados de saúde primários nas unidades da sua área de abrangência. Sempre que haja um médico de férias ou de baixa, outro clínico assegura o atendimento no seu posto de trabalho, suprimindo-se situações bastante comuns no distrito em que os utentes são confrontados regular ou pontualmente com a falta de médico, designadamente nas extensões de saúde.

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