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Cozinheiras despedidas com justa causa

Cozinheiras despedidas com justa causa

Funcionárias da Misericórdia de Santarém recorrem ao tribunal

A Misericórdia de Santarém decidiu despedir as oito funcionárias por factos apurados no inquérito disciplinar.

As oito funcionárias da cozinha central da Santa Casa da Misericórdia de Santarém suspensas em Janeiro de 2006 por suspeita de desvio de alimentos foram despedidas com justa causa.O processo de inquérito disciplinar interno foi concluído pelo gabinete jurídico tendo a provedoria da Misericórdia decidido que a cozinheira e as sete ajudantes da cozinha central da instituição fossem demitidas. A decisão foi-lhes comunicada através de cartas enviadas há cerca de duas semanas.O provedor da Misericórdia de Santarém confirmou a situação a O MIRANTE e salienta que, depois de ouvidas as funcionárias, a instituição decidiu-se pela sua demissão.Segundo António Garcia Correia, a decisão foi tomada no final de Fevereiro tendo-se apurado e dado como provado no inquérito interno que as funcionárias desviaram alimentos.“Foi a medida considerada adequada e aplicada a quem abusou das funções que exercia, dentro da honestidade que exigimos a quem trabalha nesta instituição”, explica o provedor.Para já, adianta, a Misericórdia recebeu duas notificações referentes a processos de recurso das funcionárias apresentados em tribunal. No que respeita ao funcionamento da cozinha central da instituição, as funcionárias que foram admitidas em Janeiro para assegurar os serviços permanecem ao serviço.O mesmo já não se passa com a empresa de catering que esteve à experiência durante três meses e que cessou funções em 31 de Dezembro de 2005. “Todas as actividades relacionadas com a cozinha são agora asseguradas pela Misericórdia”, esclarece António Garcia Correia, acrescentando que as empresas de catering, por vezes, não conseguem satisfazer as necessidades de fornecimento para instituições com utentes diversos, sejam jovens, crianças ou idosos. Fonte ligada a uma das funcionárias despedidas pela Misericórdia explicou a O MIRANTE que há dois advogados que representam seis das ex-funcionárias. A mesma fonte explicou que o recurso a tribunal tem como objectivo principal, no caso a que está ligado, no “limpar do seu bom nome” e nunca a possibilidade de exigir a readmissão no cargo. Além dessa intenção, a fonte refere ainda que pode estar também em causa um pedido de indemnização à Misericórdia pelos danos causados pelo despedimento. Ainda que considere o dinheiro a questão menos importante.A mesma fonte acusa ainda a provedoria de não ter coragem de cortar os males pela raiz dentro da instituição e sustenta que, em tribunal, a verdade irá ser apurada.Recorde-se que, como O MIRANTE noticiou na edição de 11 de Janeiro de 2005, as funcionárias da cozinha tinham sido suspensas por factos detectados em Novembro de 2005 quando terão sido desviados alimentos da cozinha em seu proveito.O desaparecimento de 25 quilos de frango para uma refeição motivou o processo e a decisão da provedoria da Misericórdia redundou na decisão de demissão das funcionárias com justa causa.Ricardo Carreira
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