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Lixo escondido junto ao Tejo

Lixo escondido junto ao Tejo

Câmara do Cartaxo transferiu resíduos para Valada

A CCDR-LVT deu 30 dias para a Câmara do Cartaxo remover os detritos.

A lixeira que esteve mais de um ano junto ao caminho de Meias, perto do dique com o mesmo nome, na freguesia de Valada, Cartaxo, foi removida do local. Parte dos detritos foi depositada junto ao rio Tejo, atrás do campo de futebol e a dois passos do parque de merendas.Segundo afirmaram alguns moradores a O MIRANTE, a operação foi efectuada por funcionários e máquinas da Câmara do Cartaxo uma semana antes da realização do Quilómetro lançado de Valada. Prova de automóveis antigos que teve lugar na recta entre Ponte de Reguengo e Valada, próximo do local onde o lixo estava depositado.“Não queriam que os senhores de Lisboa vissem o lixo e não encontraram local melhor para o despejar que junto ao parque de merendas, na margem do Tejo”, afirma indignado João Santos Oliveira, que foi autarca da Junta de Valada nos anos 80.Restos de materiais de construção, objectos em plástico e em metal podem ser encontrados no monte entulhado atrás dos arbustos do campo de futebol. Outro lixo proveniente da agricultura, que estava depositado no caminho de Meias, não se encontra lá ou não está visível. No buraco onde antes se fez extracção de areias o chão ficou com mais de dois metros de altura de lixo. Lado a lado com o Tejo parte do lixo vai sendo levado para a água quando o rio sobe quase até ao nível do campo de futebol. “Foi no meu mandato que ajudei a construir esta zona do parque de merendas e esta acção é uma tremenda irresponsabilidade por parte de câmara, além de a junta de freguesia o permitir”, dispara João Oliveira. Como se não bastasse, cerca de um quilómetro a jusante existe uma linha de captação a bombar diariamente água para Lisboa. Alguns moradores referiram a O MIRANTE que se trata de um atentado à natureza e ao ambiente que as entidades competentes devem investigar e punir. Técnicos da Direcção Regional de Ambiente estiveram em Valada na sexta-feira a analisar a situação e, posteriormente, na Câmara do Cartaxo reunidos com o vereador com o pelouro da Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos. Tendo dado 30 dias à autarquia para remover o lixo do local.O presidente da Junta de Valada sabe que a autarquia limpou o caminho de Meias antes da prova de carros antigos e que colocou os detritos junto ao rio. Manuel Fabiano (PS) recorda, no entanto, que a câmara deveria ter retirado plásticos, tapado o lixo com terra preta e compactado o local com toutvenant como estaria previsto.“Sei que a câmara escolheu o local por ter sido um buraco de onde se retiraram areias em tempos. Não há outro local na freguesia para depositar este material por termos apenas terrenos destinados à actividade agrícola. E no aterro da Raposa não o aceitam nestas condições”, explica Manuel Fabiano.Recorde-se que como O MIRANTE deu conta (edição 18 Janeiro 2005), a Câmara do Cartaxo comprometeu-se a remover na semana seguinte o lixo do caminho de Meias e a colocar um aviso com a proibição de vazamento no local de lixo. O vereador Pedro Ribeiro (PS) explicava então que a câmara estava a pensar, em conjunto com a junta de freguesia, encontrar um espaço para depósito de detritos provenientes da actividade. E, acrualmente, refere não saber se foram os serviços municipais a fazer a mudança do lixo.O MIRANTE contactou, via e-mail, a CCDR-LVT, para saber mais pormenores sobre a situação mas não obteve resposta até ao fecho desta edição. Ricardo Carreira
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