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Presidente não convence riachenses

A visita do presidente da Câmara Municipal de Torres Novas estava prevista para as 15h00 de quinta-feira, 30 de Março. Mas meia hora antes já a população se começava a aglomerar junto aos portões que agora juntam as várias escolas de Riachos. Cerca de 80 riachenses levantaram a voz contra o encerramento da Rua Dr. Guimarães de Oliveira.Ainda antes do presidente chegar, já a população recusava qualquer hipótese de entendimento e desvalorizava a concretização do campus escolar defendido pela autarquia. “Toda a vida aqui houve estrada, toda a vida aqui houve crianças e nunca houve problemas. Agora querem-nos roubar a rua e vêm cá para nos tapar os olhos. Mas nós não somos tontos e sabemos bem o que queremos. A estrada tem de voltar a ser aberta aos carros e às pessoas”, alvitra Miquelina Sousa.Os riachenses que se manifestam contra o encerramento daquela rua garantem que as vantagens criadas pela junção das várias escolas não são maiores que os transtornos que vão causar aos seus utilizadores, como explica Edwiges Ribeiro. “Para passarmos de um lado para o outro da rua temos duas hipóteses. Ou damos uma volta enorme pelo campo da bola, ou temos de ir pela estrada do campo, que não tem quaisquer condições. Não tem passeios, não tem valetas e é um perigo, com tanto trânsito que ali passa. Então imagine-se o que é fazer esse percurso com uma ou duas crianças pelos braços”.Quanto à alternativa sugerida pela autarquia durante a reunião de câmara, criar uma estrada em redor da escola, também não mereceu grandes elogios por parte da população. “Isso não faz sentido nenhum. Primeiro querem espaço para as crianças e depois querem roubar espaço do recreio para fazer uma rua para as pessoas e os carros passarem. Não vale a pena. Nós vamos dizer que não queremos cá nenhuma rua nova. Queremos é a nossa rua de sempre. Eles que vedem o jardim infantil, como fizeram com a escola primária e pronto. As crianças ficam seguras e nós continuamos com a nossa estrada”, defende José Gomes de Matos.Com a chegada do presidente, acompanhado pelos vereadores Lobo Antunes e Mário Mota, e por um engenheiro da câmara, a convicção manteve-se e a população continuou a pedir a reabertura da rua. E há até quem garanta que o autarca já começou a ceder à vontade do povo. “O presidente deu a entender que a estrada ia ficar aberta, só com um sentido e com sinalização de proibição de estacionamento dos dois lados”, conta António Amado.Carla Paixão

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