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Dar visibilidade à música instrumental

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Bernardo Sassetti e o grupo Mandrágora venceram Prémio Carlos Paredes

Vila Franca homenageou Carlos Paredes com a entrega do prémio com o seu nome a Bernardo Sassetti e ao grupo Mandrágora. Para que a tarde fosse perfeita só faltou o público.

Bernardo Sassetti e o grupo Mandrágora foram os vencedores em ex-aequo da edição deste ano do Prémio Carlos Paredes. O prémio, instituído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira para a distinguir o melhor disco da música instrumental não erudita, de cariz popular, foi entregue no sábado, 8 de Abril.A simbólica sala do Clube Vilafranquense, nesta ocasião abrilhantada pela presença de um piano de cauda, foi o palco escolhido para a entrega do prémio aos vencedores deste ano. A tarde convidava a sair, mas foram poucos, cerca de 40, aqueles que se decidiram pelo clube. Bernardo Sassetti é já um repetente na conquista do Prémio Carlos Paredes. Este ano alcançou a distinção com o álbum “Ascent”. Bernardo Sassetti é considerado um dos expoentes da música instrumental em Portugal Por ter sido o vencedor das duas primeiras edições do prémio, Bernardo Sassetti brindou os presentes no Clube Vilafranquense com a interpretação ao piano de um tema de abertura da peça “Frei Luís de Sousa”, de Almeida Garrett, na qual participa e que está em exibição no Teatro São João, no Porto.Para o vencedor receber este prémio é um orgulho duplo. Por um lado, pelo reconhecimento do trabalho produzido, e, por o outro, pelo nome de Carlos Paredes, que considerou “um magno da música portuguesa”, cuja música “vai sobreviver durante muito tempo”. Sobre a condição da música instrumental em Portugal, Bernardo Sassetti lamentou que na maioria das vezes ela seja considerada “uma arte minoritária, uma forma de expressão quase elitista”. Já o grupo Mandrágora, composto por Filipa Santos, Ricardo Lopes, Pedro Viana e Luís Martinho, concorreu com o seu primeiro disco homónimo. Oriunda do Porto, a banda conta já com seis anos de existência. A sonoridade característica dos Mandrágora é marcada pela gaita-de-foles, combinada com as flautas e a guitarra clássica. Enquanto fãs de Carlos Paredes, receber este prémio foi “comovente”, como refere um dos elementos, Pedro Vieira. Adianta que é também “estranho estar ao lado de um nome como o de Bernardo Sassetti”. Vivendo as dificuldades próprias de quem tenta vingar no mundo da música instrumental, que está longe de ser mediática como a música cantada, o grupo pretende levar “o mais longe possível a música popular portuguesa”. A esta edição do Prémio Carlos Paredes, que é também uma homenagem ao mestre da guitarra portuguesa, concorreram 15 trabalhos. Os vencedores foram escolhidos por um júri composto por José Jorge Letria, em representação do município de Vila Franca, Pedro Osório, da Sociedade Portuguesa de Autores, Ruben de Carvalho, crítico musical, e José Marinho, músico e maestro. Bernardo Sassetti e o grupo Mandrágora vão receber, cada um, um prémio monetário no valor de 1250 euros, para além de uma placa alusiva.
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