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Apoio psicológico e reforma antecipada

“Já imaginou o que é ser largado aos 21 anos nas matas de África e ser obrigado a matar para não morrer?” A pergunta do presidente da delegação de Vila Franca de Xira e Vale do Tejo da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG), António José Oliveira, ilustra bem o estado de espírito de alguns dos ex-combatentes da guerra colonial.O apoio psicológico é uma das grandes reivindicações dos militares que ainda hoje vivem atormentados pelo stress pós-traumático da guerra. A nova sede da delegação da APVG, que será inaugurada a 25 de Abril, na Praceta 25 de Abril, em Alverca, vai disponibilizar aos associados e familiares consultas de psiquiatria efectuadas por médicos especializados na área.O delegado regional da APVG, António José Oliveira, lamenta o desprezo a que foram votados os ex-combatentes pelos sucessivos governos, que não contribuíram para a dignificação do estatuto dos homens que combateram ao serviço do país.O cartão que permita ao ex-combatente beneficiar de tratamento no Hospital Militar e a reforma aos 55 anos são outros dos direitos que os ex-combatentes querem ver cumpridos.A delegação da associação, apoiada pelo Estado e com cerca de 500 sócios, quer encontrar ex-combatentes em situação de dificuldade, oferecer-lhes apoio domiciliário e médico. “Teremos ainda uns 10 anos de vida, mas é importante que esse tempo seja vivido com dignidade”, salienta António José Oliveira.O presidente do núcleo de Vila Franca de Xira da Liga dos Combatentes, que conta com 346 sócios nos concelhos de Arruda dos Vinhos, Alenquer e Vila Franca de Xira, admite que o stress foi um dos problemas deixados pela guerra, mas garante que nos últimos anos não têm recebido pedidos de apoio. Júlio Marques Serra explica que os casos devem ser encaminhados para o centro de saúde, tal como está previsto na lei.O responsável considera que há espaço para as várias associações até porque são todas diferentes. A Liga dos Combatentes é a associação responsável pela gestão dos talhões nos cemitérios e em alguns pontos do país garante alojamento a preços baixos a estudantes filhos de ex-combatentes.

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