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Centro Hospitalar do Médio Tejo prevê défice de 13 milhões

Centro Hospitalar do Médio Tejo prevê défice de 13 milhões

Administração diz que a viabilidade do centro passa por parcerias com privados

A sustentabilidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo e a viabilidade técnica dos serviços ficará em causa se não houver mexidas na sua estrutura. Este ano, o défice previsto ronda os 13 milhões de euros.

A primeira versão do orçamento do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) para este ano, que ainda não foi assinada, aponta para um défice de 13 milhões de euros. Um valor exorbitante que a administração vai tentar colmatar com parcerias público-privadas em várias áreas clínicas. O relatório que contém as linhas estratégicas delineadas pela administração para o biénio 2006/2008 deverá ser apresentado ainda este mês e não deixa margem para dúvidas – o CHMT tem de seguir novos trilhos para encontrar o caminho do equilíbrio. Diferenciação e oferta de serviços fora do âmbito do Sistema Nacional de Saúde (SNS) e parcerias público-privadas na gestão de várias valências são algumas das alternativas a apresentar pela administração liderada por Silvino Alcaravela para suster o défice estrutural do CHMT.Sabendo à partida que o centro – dividido em três unidades hospitalares distanciadas entre si cerca de 30 quilómetros (em Abrantes, Tomar e Torres Novas) – “é estruturalmente deficitário”, como admitiu a O MIRANTE o presidente do conselho de administração, a estratégia a implementar visa essencialmente a minimização de custos e rentabilização da capacidade instalada.Por isso, a gestão de serviços que hoje funcionam em paralelo nas três unidades – com triplicação de custos para o centro – deverá ser entregue a privados até 2008.Os serviços de radiologia e de patologia clínica (laboratórios de análises) são duas valências que previsivelmente vão ser concessionadas em regime de out sourcing – o centro cede as instalações e os equipamentos e os privados entram com know how e os recursos humanos que o CHMT não tem conseguido angariar.Estes serviços irão funcionar do mesmo modo como hoje em dia funciona a Tomografia Axial Computorizada (TAC), instalada no Hospital de Abrantes mas de gestão privada.A hospitalização privada é outra solução que não está posta de parte, como afirmou Silvino Alcaravela. Para acabar com a sub-lotação e o desperdício de camas actualmente existente.O presidente do CHMT apresenta dados concretos para sustentar a hipótese de parte(s) das unidades poderem vir a ser geridas por grupos privados que actuam no sector da saúde. Nomeadamente no que respeita ao número de camas vagas. O Hospital de Abrantes, por exemplo, foi feito com uma capacidade de 359 camas, das quais apenas 204 estão activas. Para minimizar custos, algumas enfermarias (cerca de 120 camas) foram reaproveitadas, instalando-se ali o hospital de dia.Mas as outras unidades também têm camas vagas. Em Tomar, estão apenas activas 130 das 220 camas. O Hospital de Torres Novas é o que está mais equilibrado em termos da oferta e da procura – das 140 camas disponíveis 126 estão activas.Margarida Cabeleira
Centro Hospitalar do Médio Tejo prevê défice de 13 milhões

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