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Constância exige nova ponte sobre o Tejo

Constância exige nova ponte sobre o Tejo

A deliberação do executivo da Câmara de Constância, aprovada a 5 de Abril por unanimidade, não deixa margem para dúvidas – na velha ponte rodo-ferroviária a sul da vila não passarão camiões envolvidos na construção dos dois aterros de resíduos perigosos a instalar na Chamusca se não for garantida a edificação de uma nova ponte sobre o rio Tejo naquela zona.A posição do município, tomada com base num parecer jurídico encomendado à firma Cardigos e Associados, já foi enviada ao Instituto do Ambiente, no âmbito da audiência pública (que decorreu até 11 deste mês) sobre o impacte ambiental que advém da instalação dos dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Integração de Resíduos Perigosos, vulgarmente denominados por CIRVER.O presidente da Câmara de Constância, António Mendes (CDU), diz não se opor à instalação dos dois aterros de resíduos perigosos no concelho da Chamusca, mas sim à utilização da ponte sobre o rio Tejo que liga Constância Sul a Praia do Ribatejo.A velha ponte ferroviária é referida como o melhor acesso para os aterros nos estudos de tráfego dos CIRVER. António Mendes (CDU) salienta que a travessia já não tem capacidade para suportar o tráfego actual e “muito menos terá para aquele que advém da construção e funcionamento dos aterros”.O autarca salienta ainda que “para os cerca de quatro mil automobilistas que diariamente atravessam a ponte a travessia é um exercício verdadeiramente desesperante devido às enormes filas, à insegurança e à falta de condições de circulação”.Recorde-se que a ponte ferroviária sobre o rio Tejo – e que faz a ligação da Estrada Nacional 118 à A23 – foi adaptada ao tráfego rodoviário em 1988, permitindo o trânsito num só sentido, regulado por semáforos.António Mendes refere ainda que as más condições da travessia, desadaptadas da realidade actual e das necessidades de circulação sentidas, “já foram amplamente denunciadas junto das entidades competentes desde 1995”.E que a associar-se a essas denúncias há também o auto de vistoria elaborado pelo Instituto de Estradas, agora denominado Estradas de Portugal, executado na sequência do acidente de Entre-os-Rios. “Esse relatório concluiu que a ponte se encontrava em mau estado de conservação, prejudicando assim a segurança da circulação”.Alcindo Cordeiro, responsável pela Direcção de Estradas de Santarém, confirmou a O MIRANTE a realização do estudo mas escusou-se a divulgar o seu conteúdo, remetendo-nos para a sede do instituto, em Almada. Que não nos respondeu em tempo útil.O estudo de impacto ambiental relativo à construção dos dois aterros – um do consórcio maioritariamente espanhol (Ecodeal) e outro liderado pelo consórcio francês Sarp/Ónix, denominado Sisav – esteve em consulta pública na Junta de Freguesia da Carregueira e na Câmara da Chamusca até 11 deste mês.Finda esta fase, o Instituto do Ambiente analisará as sugestões e/ou reclamações existentes e emitirá a respectiva declaração de impacte ambiental. Só depois os consórcios apresentarão os respectivos projectos. A licença ambiental só será passada no final.Margarida Cabeleira
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