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Ladrões atacam ourivesarias

Ladrões atacam ourivesarias

Assaltos na Povoa de Santa Iria e Alverca rendem mais de 77.500 euros

Em cinco dias, duas ourivesarias da Póvoa de Santa Iria e Alverca foram assaltadas. Os suspeitos do assalto de Alverca foram presos, mas foram libertados horas depois pelo tribunal.

Uma ourivesaria do Centro Comercial Nacional 10, na Póvoa de Santa Iria, foi assaltada na noite de 4 de Abril por meio do arrombamento da grade de protecção, que foi cortada com uma rebarbadora. Os ladrões despejaram as vitrinas e balcão onde estavam centenas de artigos em ouro, prata e relógios, avaliados em mais de 70 mil euros. Dias antes, outra ourivesaria de Alverca foi assaltada à mão armada. Neste assalto, os suspeitos foram presos pela GNR e libertados pelo tribunal.Na Póvoa, os larápios actuaram pela calada da noite, desconhecendo-se como entraram no Centro Comercial, cujo sistema de alarme, curiosamente, estava desligado. Os dois sócios da ourivesaria Mateus e Silva, ainda não se refizeram do assalto à mão armada sofrido há pouco mais de um ano, e pensam deixar o negócio.O assalto foi muito bem estudado. Os larápios tiveram até uma pequena ajuda. O facto do sistema de alarme do Centro Comercial Nacional 10 estar desligado, permitiu que se movimentassem à vontade sem serem detectados.“Não há sinais de arrombamento das portas do Centro, não se sabe como entraram...”, disse José da Silva, o primeiro a chegar de manhã depois do assalto, encontrando o tapete a tapar a fechadura da grade de protecção. Ao afastá-lo percebeu logo que tinha sido cortada a fechadura, não levantou a grade e chamou a GNR.Já na presença dos militares da Guarda e quando a grade foi levantada confirmou o mau pressentimento. “Vimos logo que estava tudo vazio...”, conta o sócio da ourivesaria.Os assaltantes “trabalharam” com tempo suficiente para despejar as três vitrinas onde estavam os expositores de grande variedade de peças em ouro, como pulseiras, fios, brincos, medalhas, berloques, assim como as que estavam em exposição na montra e no balcão.Além do ouro todo que estava na loja, levaram também as peças de prata e todos os relógios de homem, e tiveram ainda o cuidado de levar a balança de precisão, para pesar o ouro. A cassete do sistema de video-vigilância, onde toda a acção estava registada, também seguiu com os ladrões para não serem identificados.“Sofremos um prejuízo superior a 14 mil contos (70 mil euros)”, afirma José da Silva, com a voz embargada, recordando o assalto sofrido à mão armada, em Janeiro de 2005. Na altura, um grupo de imigrantes do Leste destruiu as vitrinas à martelada para roubar o ouro que estava no estabelecimento. Tudo à vista dos proprietários que foram mantidos em respeito assim como outros lojistas.Esses assaltantes chegaram a ser detidos mas o produto do roubo nunca foi recuperado.“Ainda estamos a recuperar desse roubo cujo valor foi semelhante ao deste assalto”, sublinha o proprietário, mostrando-se desmotivado, porque em cada assalto sofrido o prejuízo é arrasador. “As seguradoras recusam-se a fazer seguros neste ramo de actividade”, explica.“Estamos aqui instalados há 15 anos, agora estamos a pensar parar com a actividade porque não compensa e a insegurança é muita”, concluiu José da Silva. José Bernardes
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