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“Tenho muitas saudades do meu pai”

António Avelar de Pinho nasceu a 27 de Maio de 1947 no Entroncamento. Na altura a localidade era conhecida por ser habitada por ferroviários e militares. Mas “só para contrariar” o pai de António Pinho era um industrial de panificação oriundo de Cacia. A mãe era de Alpiarça. Amílcar e Maria Júlia tiveram dois filhos. António Avelar de Pinho e Maria Clara, mais nova dois anos. Nasceram em casa. “A parteira foi a comadre Serrana, uma parteira histórica do Entroncamento”. António Avelar de Pinho fez a escola primária no Entroncamento e a seguir foi para o Colégio Militar. Continuou a residir no Entroncamento, com os pais, até aos 17 anos.O mentor da Banda do Casaco sempre foi um “saudável maluco”. Diz que herdou aquela característica do avô materno, António Mendonça, que foi encarregado do Armazém de Víveres da CP, no Entroncamento. Mas é do pai que mais sente a falta. Da sua tranquilidade, da sua ironia. “Era uma pessoa extraordinária com quem tive pouco tempo de convívio. Tenho muitas saudades do meu pai”. Amílcar Pinho faleceu de um ataque cardíaco aos 47 anos. O filho ia-lhe seguindo as pisadas há quatro anos. “Nunca ganhei o totobola ou o euromilhões – também é verdade que me esqueço que se jogam essas coisas – quando tive o enfarte estava no cardiologista. É o que se chama estar no sítio certo à hora certa”.Depois do Colégio Militar onde aprendeu “a odiar a tropa”, António Avelar de Pinho andou dois anos a marcar passo no Instituto Superior Técnico. Na altura já tinha percebido que o seu destino era outro. A música, os livros. Inquieto, irrequieto, foi mentor de grupos musicais, produziu músicos conhecidos, escreveu para televisão, foi empresário de artistas famosos como Carlos Paredes ou o seu amigo Rão Kyao e criou a série de livros juvenis Os Super 4, que escreveu até há pouco tempo em co-autoria com Pedro de Freitas Branco. Na brincadeira costuma dizer que se escrever um livro sobre o seu Entroncamento natal lhe vai chamar “Poeira e calhandrice”.

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