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Novo aeroporto é oportunidade caída do céu

Novo aeroporto é oportunidade caída do céu

Plano Regional de Ordenamento do Território do Ribatejo e Oeste apresentado em Rio Maior

Os Planos de Ordenamento dos municípios do Oeste e Ribatejo devem ser repensados em função do aeroporto da Ota. O Presidente da CCDR-LVT dá o mote. “Os aeroportos não são só aeroportos. São complexos de actividades, de logísticas e de oportunidades de desenvolvimento”.

Implementar políticas de desenvolvimento sustentado nas áreas do turismo, energias, inovação, conhecimento e cultura, e aproveitar as potencialidades do aeroporto a construir na OTA, são os novos desafios que se colocam à região do Oeste e Vale do Tejo.Desafios já identificados e sobre os quais assenta o Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT). Documento que irá definir as opções estratégicas de desenvolvimento regional, apontar directrizes quanto à ocupação, uso e transformação do território, fazer a integração, a nível regional, das políticas sectoriais e dar orientações para a elaboração dos Planos Directores Municipais (PDM’s).Na apresentação do documento preliminar do PROT-OVT, que decorreu na quarta-feira, dia 12, em Rio Maior, fronteira simbólica entre o Vale do Tejo e o Oeste, o presidente da Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Fonseca Ferreira, reforçou a ideia de que o futuro aeroporto da Ota vai ser o novo pólo de logística e desenvolvimento da região, o que trará implicações a vários níveis que os autarcas não podem descurar.“Os aeroportos não são só aeroportos. São complexos de actividades, de logísticas e de oportunidades de desenvolvimento”, referiu, exortando todos os autarcas da região a encarar esta realidade de uma forma integrada aquando da elaboração dos seus planos de ordenamento do território.Mas não é só o aeroporto e as suas implicações na região que devem merecer atenção dos autarcas. As pressões do sector do turismo, sobretudo na região Oeste, são motivo de preocupação, sobretudo porque normalmente estão ligados aos sítios ambientalmente mais atractivos e sensíveis. Fonseca Ferreira defende uma aposta na qualidade em vez da massificação.No sector das energias, para coordenar a comissão que vai definir as estratégias do PROT-OVT, foi contratado o professor Oliveira Fernandes, um dos nomes mais respeitados no sector energético, que alertou os autarcas para a necessidade de aproveitar os recursos naturais endógenos, nomeadamente as ondas, na zona costeira, o vento e a biomassa, contrariando dessa forma a dependência da importação do petróleo e gás natural.A cerimónia de apresentação do PROT-OVT contou com a presença do secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão. Em resposta a questões dos técnicos e autarcas presentes, o governante defendeu a revisão do regime da Reserva Agrícola Nacional de forma a acabar com algumas injustiças que actualmente se verificam na relação entre a necessária conservação do meio ambiente e o indispensável desenvolvimento da sociedade.O processo de revisão dos PDM’s, que está a decorrer na maior parte dos municípios, irá manter-se, embora tenham de se adequar às orientações do PROT-OVT logo que elas sejam formuladas.O Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo, que deverá estar concluído e aprovado pelo Governo em Agosto de 2007, vai abranger as áreas territoriais da Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Oeste, correspondentes a 8.792 quilómetros quadrados e mais de 805 mil habitantes, que se espalham por 33 concelhos, dos distritos de Santarém, Leiria e Lisboa.Fazem parte desta região os concelhos de Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Alenquer, Almeirim, Alpiarça, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cartaxo, Chamusca, Constância, Coruche, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Ourém, Peniche, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Sardoal, Sobral de Monte Agraço, Tomar, Torres Novas, Torres Vedras e Vila Nova da Barquinha. Jorge Guedes
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