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Moita Flores sugere demissão de António Torres da gestão da CULT
Porque é que decidiu não se sentar mais à mesa com o administrador-executivo da CULT, António Torres?Por razões que se calhar têm a ver com tudo isto de que tenho falado. Não estou disponível para gestos que não sejam transparentes.Essa posição é irredutível?Completamente irredutível.E isso não joga com a gestão normal de uma entidade como a CULT, onde Santarém é o município com mais peso?Administradores-executivos há muitos, presidentes de câmara há poucos.Isso é um convite a António Torres para se demitir?O dr. António Torres tirará daqui as ilações que entender.Da sua parte não tem confiança política?Absolutamente nenhuma.Essa é mais uma posição que vai abrir brechas no seio da CULT.Não estou a provocar brechas nenhumas…A CULT era um modelo de coesão, de coexistência pacífica…Não há modelos. Os modelos constroem-se de acordo com as suas exigências e com os seus desafios. Aquilo que eu aqui tenho não tem a ver com exigências, tem a ver com outras coisas, e feias, feitas à revelia dos presidentes de câmara… Onde acoplado a isto vem já o Ribatejo Digital. Não brinquem comigo. Alguém tem de investigar isto.Como é que reagiram os seus colegas quando foram confrontados com essa situação?Reagiram mal, como é óbvio. Não sabiam de nada… Essa pessoa estava mandatada por alguém para negociar pela CULT?Não faço ideia. Por Santarém não estava. Não há homens insubstituíveis nem homens geniais. Há homens com procedimentos sérios, ou não. Há homens que assumem os seus compromissos e homens que não os assumem.Depois dos últimos acontecimentos o presidente da CULT, Sousa Gomes, admitiu a constituição da Águas do Ribatejo só com os municípios e sem parceiro privado. O que pensa disso?Essa hipótese não se pode concretizar pois seria ainda mais gravosa para Santarém. A futura empresa Águas do Ribatejo tem que ter forçosamente um parceiro privado, porque nós não temos condições para financiar uma coisa dessas. Não vamos aceitar isso.Alguma vez ponderou a hipótese de o seu município não integrar a Águas do Ribatejo?Nunca. Santarém há-de estar sempre na Águas do Ribatejo. Isto comigo é um fait divers. Não passa de fogo de artifício, de folclore.Mas pode ter consequências políticas graves…Para Santarém não terá seguramente. Quais são as consequências políticas a que me exponho por defender o meu concelho? Quem votou em mim depois de 30 anos de marasmo sabe que votou não para empobrecer mais esta autarquia mas para a dotar de meios para ser a verdadeira capital do Ribatejo. Os munícipes podem ficar descansados que os esgotos a céu aberto vão mesmo acabar, com ou sem Águas do Ribatejo?Ou melhor, com este concurso ou sem este concurso. De uma coisa posso dar a certeza: no fim deste mandato isso estará resolvido. E a todo este foguetório a que estamos a assistir tenho que lhe dar uma interpretação política que me desagrada profundamente. Que é o facto de haver aqui ainda algum ressabiamento pela vitória do PSD em Santarém. E isso eu não admito.
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