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Edifício centenário remodelado

Edifício centenário remodelado

Recuperação dos Paços do Município de Benavente custou 600 mil euros

Aos 131 anos, o velho edifício dos Paços do Município de Benavente ficou como novo. As condicionantes da obra não permitiram a instalação de elevador e o piso superior não tem casa de banho.

Um balcão de atendimento logo à entrada e a disposição dos serviços no rés-do-chão permitem aos munícipes de Benavente tratar a maioria dos assuntos sem ter de subir as escadas. No piso superior estão os gabinetes do presidente, vereadores, assembleia municipal e serviços de apoio aos eleitos. Os deficientes não podem subir porque o projecto não permitiu a instalação de um elevador. O presidente da câmara desvaloriza a falta do ascensor e garante que os cidadãos portadores de deficiência ou impedidos de usar as escadas serão atendidos no rés-do-chão pelos eleitos, técnicos e funcionários. Na manhã de 25 de Abril, António Ganhão, o presidente da Assembleia Municipal de Benavente, Carlos Pernes e a engenheira Virgínia Pinto, responsável pelo acompanhamento da obra, descerraram uma placa onde de forma simples se refere que a remodelação foi concluída em Abril de 2006.Sem alterar a fachada, os técnicos conseguiram criar um piso intermédio, aproveitando o pé alto do edifício inaugurado em 1875. A traça e as memórias estão lá todas, mas o edifício está mais funcional e proporciona melhores condições a eleitos, funcionários e utentes.“Foi uma obra muito complicada”, reconheceu o presidente da câmara. António Ganhão recordou que houve que conciliar os trabalhos com a manutenção de alguns serviços no edifício. O edil agradeceu a paciência dos funcionários que durante cinco anos trabalharam em condições complicadas.Questionado sobre o facto de não haver nenhuma casa de banho no piso superior, o presidente referiu que ele será um dos mais prejudicados porque está mais distante. Ganhão explicou que o projecto não permitia uma nova casa de banho naquele piso. A obra iniciada em 2001, teve duas prorrogações do prazo e foi realizada por administração directa para controlar os custos. Mesmo assim, custou 600 mil euros, mais 200 mil do que o inicialmente previsto. E demorou cinco anos a ser concluída. A demora engordou os encargos da câmara que pagou largas centenas de milhares de euros pelo arrendamento de um espaço no prédio ao lado da câmara e onde funcionaram alguns serviços. A única comparticipação exterior rendeu 200 mil euros e veio da extinta Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo.As condicionantes financeiras impediram a renovação do mobiliário. O presidente deu o exemplo e mantém o mesmo equipamento que herdou há 26 anos quando chegou à presidência. A oposição já tem gabinete, mas não tem equipamentos de trabalho nem funcionários de apoio. O presidente disse que há as condições possíveis e disponibilizou o apoio do pessoal do seu gabinete para os eleitos do PS e PSD. A inauguração culminou com a realização da sessão solene do 25 de Abril que juntou cerca de 70 autarcas, dirigentes associativos e munícipes do concelho no remodelado Salão Nobre dos Paços do Município.Nelson Silva Lopes
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