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Ernesto Nobre

41 anos, empresário de publicidade, Amiais de Baixo, Santarém

“Já fui várias vezes a pé a Fátima. Nunca desisti a meio, se bem que numa das vezes fiz o percurso numa noite de breu em que não se via praticamente nada. Aí senti que foi posta mesmo à prova a minha fé”

Aproveitou para viajar nos últimos fins-de-semana prolongados?Infelizmente essa é uma parte da culpa que tenho de assumir perante a minha família, que é viver em função do mundo do trabalho com uma entrega total. É uma das minhas lacunas graves que assumo facilmente.Quer dizer que não foi um dos milhares que foi para o Algarve.Exactamente. Fui um dos protegidos que não viajou nessa altura.A economia do país fica prejudicada com tantos feriados e pontes?Seguramente. As pessoas têm o direito ao lazer, à qualidade de vida. Mas em termos económicos o país fica prejudicado.Já alguma vez foi a pé a Fátima?Várias vezes. Sou um homem de convicções e faço questão de cumprir religiosamente as promessas que faço. Nunca desisti a meio, se bem que numa das vezes fiz o percurso numa noite de breu em que não se via praticamente nada. Aí senti que foi posta mesmo à prova a minha fé.Concorda com as praxes académicas?A juventude tem direito à diversão mas não pactuo com os exageros.O que pensa dos aumentos sucessivos dos combustíveis?Acho que é uma estratégia política e económica que só vai beneficiar alguns lóbis e alguns grupos com prejuízo sobretudo para quem tem rendimentos baixos.Já pensou em arranjar um transporte alternativo ao automóvel?Sim mas tenho tido dificuldade em encontrar essa alternativa. Andar de bicicleta ou correr mais também fazem parte dos meus objectivos para uma maior qualidade de vida.Era capaz de comprar um carro em segunda mão ao primeiro-ministro?Era capaz, até, de comprar vários carros em segunda mão. Não vejo que pudessem vir daí inconvenientes.Costuma frequentar os eventos culturais que se realizam na cidade?Sim, não tanto com a frequência que desejava. Mas tenho participado muito mais que anteriormente. Talvez devido ao esforço deste executivo na melhoria do programa cultural.Alguma vez pensou dedicar-se à agricultura?Penso nisso quase todos os dias. Não como actividade de subsistência mas integrando-a nesse conceito de qualidade de vida. Estou a requalificar todos os espaços que me pertencem, a limpar e reflorestar os espaços que arderam. Penso recuperar todo esse prejuízo nos próximos tempos.Os portugueses têm razões para confiar nos políticos?Acho que os portugueses têm razão para esperar confiar nos políticos. Porque há uma diferença muito grande entre a política e os políticos. E são estes que têm de provar que defendem os interesses dos cidadãos.Já ouviu piropos de alguma mulher?Não. Infelizmente não fui privilegiado pela natureza a esse respeito. Mas consigo minimizar esses efeitos.Já frequentou ou pensou frequentar alguma praia de nudistas?Não, nem penso.

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