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Almeirim exige construção do IC3

Almeirim exige construção do IC3

Como contrapartida pela instalação de aterros para resíduos perigosos no concelho da Chamusca

O presidente da Assembleia Municipal de Almeirim diz ser “incomportável” que os aterros comecem a funcionar sem o IC3 estar concluído entre a cidade e Chamusca.

A Assembleia Municipal de Almeirim quer que o Governo avance com a construção do Itinerário Complementar nº 3 (IC3) entre esse concelho e a Chamusca. Essa é a contrapartida exigida face à instalação anunciada de dois CIRVER (Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos) no concelho vizinho da Chamusca. Na moção, aprovada por unanimidade na sessão de dia 3, os deputados municipais consideram a nova via imprescindível aludindo ao perigo que pode representar a passagem de camiões carregados com resíduos perigosos pelo interior da cidade. O congestionamento das vias que atravessam o concelho é outro dos motivos que justificam a reivindicação. A assembleia pretende ainda que os Bombeiros Voluntários de Almeirim sejam apetrechados com equipamentos que possam responder a eventuais acidentes com matérias perigosas. Para o presidente da mesa da assembleia, Armindo Bento (PS), que leu a moção elaborada em conjunto por todas as bancadas partidárias, não é concebível que “os bombeiros não tenham equipamento e formação para lidar com eventuais problemas”. Sublinhando que devem ser as empresas que vão explorar os CIRVER a assumir esses encargos. Considerando que o que está em causa é a defesa dos interesses da população de Almeirim, Armindo Bento disse ser “incomportável para o concelho que os centros sejam postos a funcionar sem o IC3 (entre Almeirim e Chamusca)”. E defendeu a elaboração de planos de contingência que tenham em conta a possível perigosidade para a população de Almeirim. A urgência na construção do IC3 já tinha sido defendida pelo presidente da Câmara da Chamusca, Sérgio Carrinho (CDU), há dois meses. Em declarações a O MIRANTE o autarca referiu que está na hora do Governo reconhecer a solidariedade que o município teve com o país ao ser o único a aceitar a instalação de dois aterros para resíduos perigosos.“Estando nós disponíveis para aceitar a instalação de equipamentos de carácter nacional, (os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos) não faz sentido que a construção do IC3 não seja acelerada”, salientou na altura. Sérgio Carrinho sublinhou que está em causa também o desenvolvimento do Parque Eco da Chamusca, destinado à instalação de empresas da área ambiental. Que representa a esperança do concelho para combater a desertificação. O troço do IC3 entre Chamusca e Almeirim não passa da fase de estudo prévio há dez anos, lembra Sérgio Carrinho. O primeiro estudo teve que ser abandonado porque entretanto apareceu nova legislação na qual não se enquadrava e está a ser elaborado um novo. O presidente da Câmara de Constância também aproveitou o anúncio da instalação dos dois aterros para resíduos industriais perigosos no concelho da Chamusca para reivindicar uma nova ponte sobre o Tejo na sua zona.António Mendes (CDU) afirmou que a actual ponte rodo-ferroviária sobre o Tejo - onde o trânsito se processa alternadamente num só sentido - já se encontra muito congestionada em termos de tráfego.
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