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Associação de hipertensos em Santarém

Para defender os interesses dos hipertensos, que são quase metade da população portuguesa, está a ser criada em Santarém a Associação dos Hipertensos de Portugal. Os estatutos estão a ser ultimados e a Câmara de Santarém irá ceder um espaço num local nobre da cidade onde funcionará a sede nacional da associação, que depois terá filiais noutros pontos do país.“É preciso mobilizar médicos, voluntários, bombeiros e toda a sociedade civil e fazer coisas que o médico, no reduzido espaço de tempo que está com o doente não consegue fazer”, diz Teresa Rodrigues, que justifica assim o aparecimento da associação.A médica, responsável pelo Núcleo de Hipertensão Arterial do Hospital de Santarém, esclarece que a Sociedade Portuguesa de Hipertensão, de que é membro da direcção, apadrinha esta associação, mas ela está a ser desenvolvida por doentes hipertensos.Além de servir para sensibilizar para os problemas associados à hipertensão, a Associação dos Hipertensos de Portugal estará vocacionada para a parte assistencial. “Será um sítio onde as pessoas poderão fazer a medição da hipertensão arterial, do colesterol e da diabetes, sem terem o tempo de espera de uma consulta normal”, explica.A Associação dos Hipertensos de Portugal tem ainda como objectivo intervir, pressionar e reivindicar pelos direitos destes doentes. A criação de uma publicação periódica, de uma linha de apoio ao doente e de uma página na Internet são outros dos objectivos.Teresa Rodrigues dá um exemplo. “Portugal tem uma coisa a mais que o resto da Europa não tem: muito sal na alimentação. Uma das coisas importantes que seria necessário legislar será a quantidade de sal que se coloca no pão”, refere, revelando que num estudo recente, realizado a estudantes universitários da cidade do Porto, foi detectado um nível muito elevado de excreção urinária de sal.

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