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Ascensão continua a ser na Chamusca

Ascensão continua a ser na Chamusca

Vice-presidente da câmara satisfeito com a resposta das associações

O povo da Chamusca não deixou cair a Semana da Ascensão. Mobilizou-se, encheu-se de brio e pôs a Festa de novo na rua. A câmara, afogada em dívidas, tinha anunciado que a semana ficaria reduzida à Quinta-Feira da Espiga, feriado municipal. A vontade da população falou mais alto e mostrou que a festa é popular, não é institucional.

Foi com um misto de satisfação e surpresa que o executivo da Câmara da Chamusca percebeu que afinal as associações do concelho não queriam deixar morrer a Semana da Ascensão, a grande festa anual daquele município.Inicialmente, devido à grave crise financeira da câmara, tinha sido decidido comemorar apenas o feriado municipal de Quinta-feira da Ascensão. Mas as coisas alteraram-se quando as associações se disponibilizaram para organizar e participar em várias actividades, “forçando” a autarquia a elaborar um programa mais composto.A onda de solidariedade começou há pouco mais de um mês, após uma reunião entre a vereação e as associações do concelho onde foi solicitada a colaboração das associações e dos seus associados para participarem nas actividades que a câmara tinha previsto para dois dias.O que a autarquia não esperava era uma colaboração tão grande. Aos poucos os espectáculos foram-se sucedendo e tornou-se impossível concentrar todas as actividades nos dois dias inicialmente previstos.“No final de Abril verificámos que já tínhamos actividades programáveis desde o dia 20 até ao dia 28 e tomámos então a decisão de fazer um outro tipo de divulgação porque é um acontecimento que é falado em muitos locais e por muitas pessoas. Progressivamente a comunidade foi-se organizando e a preocupação que a câmara teve foi ver dentro das suas capacidades logísticas o que podia fazer”, explicou ao nosso jornal o vice-presidente da Câmara da Chamusca, Francisco Matias.A autarquia vai apenas assegurar os transportes dos elementos das associações que participam nos espectáculos, ceder estrados e aparelhagem, bem como tratar das questões ligadas à protecção civil e segurança. Situações que não trarão custos acrescidos para os cofres do município, e que serão asseguradas como despesas correntes. A própria vigilância será feita por elementos das associações.A onda de solidariedade estendeu-se às empresas, que disponibilizaram os seus produtos e serviços de forma gratuita ou com condições muito favoráveis. A cervejeira que costumava fornecer os bares e tascas da Semana da Ascensão também contactou a autarquia e disponibilizou-se para apoiar as actividades nocturnas.Outro exemplo de colaboração foi dado por O MIRANTE, jornal que nasceu na Chamusca, e que se disponibilizou para apoiar na divulgação e para patrocinar as tradicionais fitas “Estou em Ascensão”, um símbolo da festa.“É um programa feito dentro das possibilidades das organizações locais. A comunidade reagiu e nós, responsavelmente, acompanhámos, tendo sempre em conta o orçamento da câmara”, afirma Francisco Matias.O vice-presidente da Câmara da Chamusca faz no entanto questão de deixar um aviso. “Não podemos estar a vender gato por lebre a quem nos visita. Não vai haver a Semana da Ascensão como as pessoas estavam habituadas. As pessoas têm de ter a noção que não temos pavilhões com empresas, com bares e tasquinhas como habitualmente. Não há ruas encerradas, não há policiamento especial, não há nada disso”, alerta.
Ascensão continua a ser na Chamusca

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