O reitor do Santuário de Fátima e a Câmara de Ourém garantiram sexta-feira que o projecto da nova Igreja da Santíssima Trindade tem licença para as obras, embora existam "dúvidas legais" sobre o processo de construção."Foi dada uma licença para toda a obra até ao fim" mas "há empreitadas diferentes e essas empreitadas diferentes trouxeram circunstâncias diferentes", afirmou Luciano Guerra, comentando a notícia do Semanário Económico que indica algumas irregularidades no processo.Também o presidente da Câmara de Ourém, David Catarino (PSD), garantiu que as obras de construção do templo religioso estão a cumprir a legislação vigente e possuem "licença camarária"."A licença de construção é levantada pelo empreiteiro-geral (SOMAGUE) que tem um alvará e eu não tenho conhecimento que, neste caso, o empreiteiro tenha mudado", afirmou à agência Lusa David Catarino.De acordo com o reitor, a SOMAGUE continua "como empreiteiro mas há outro empreiteiro, o Pinto e Cruz", que tem a responsabilidade dos acabamentos de electricidade e ar condicionado.No entanto, sem querer entrar em pormenores, Luciano Guerra reconhece que existe uma "dúvida" sobre a legislação existenteO custo da obra já atinge neste momento cerca de 53 milhões de euros, verificando-se um desvio orçamental que se cifra na ordem dos 16 por cento em relação ao custo do projecto (46 milhões de euros).