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Os museus são uma boa onda

Os museus são uma boa onda

Dia Internacional dos Museus em Vila Franca de Xira

Vila Franca de Xira abriu as portas dos museus aos mais jovens e conquistou um novo público.

Mostrar aos mais novos que os museus não são “espaços chatos”, foi o grande objectivo das iniciativas que decorreram em Vila Franca de Xira no dia 18 de Maio. Subordinado ao tema “Museus e os Jovens”, o Dia Internacional dos Museus deste ano procurou despertar nos mais novos, os adultos de amanhã, o gosto por estes espaços culturais. Esta é a primeira vez que Marisa Silva, de oito anos, entra num museu. Estamos no Museu Municipal de Vila Franca a visitar parte da exposição permanente “Tempos do rio, Ecos da Terra”. A curiosidade mistura-se com a estranheza pelo espaço, pelas novidades. Os ouvidos dos 10 alunos da Escola Básica do primeiro ciclo do Monte Gordo, da primeira à terceira classe, escutam com atenção as palavras da técnica do serviço educativo do museu. Lídia Agostinho fala sobre os períodos paleolítico e neolítico e as marcas destas épocas encontradas no concelho. A utilização das pedras para defesa, a descoberta do fogo e a cerâmica são algumas das coisas que as crianças ficam a saber sobre a pré-história. E o resto da história da humanidade fica para outro dia. Hoje a aula teórica termina na cerâmica, mas para os alunos vem agora a melhor parte, a prática, com o atelier de cerâmica.Finda a visita ao museu, Marisa Silva diz que gostou muito das coisas novas que aprendeu. O entusiasmo é tal que a jovem aluna da escola do Monte Gordo afirma que vai pedir aos pais para a levarem a outros museus. Para Patrícia Ferreira, de oito anos, é a quarta visita ao museu municipal, todas através do ATL. Mas cada visita é diferente, até porque a parte mais atractiva, a prática, é sempre diferente. É por “aprender muitas coisas com o museu” que a Patrícia gostava de ver outros, porque, diz, “não são nada chatos”. Antes de meterem mãos à obra, a técnica do serviço educativo do museu explica-lhes que hoje é o Dia Internacional dos Museus. É por isso que estão ali, para verem que os “museus podem ser divertidos e que com eles podemos aprender muitas coisas”. Agora que já sabem a razão da sua presença no museu municipal, os 10 jovens começam a moldar o barro para fazer um vaso campaniforme o mais parecido possível com a réplica de um vaso do neolítico que foi encontrado no concelho. Da parte da tarde do Dia Internacional dos Museus foi a vez dos 23 irrequietos alunos do segundo ano da Escola Básica Álvaro Guerra, que repetiram o itinerário dos colegas da parte da manhã. Todos já conhecem este museu, a grande maioria através da escola, e todos manifestam o desejo de conhecer outros. Pedro Nunes, de sete anos, defende “que todas as aulas deveriam ser nos museus e não na escola”. Para Bruno Cordeiro, de oito anos, “todos os meninos deveriam ir a museus, porque se aprende coisas novas e fazem-se coisas engraçadas”. Pelo menos por hoje, o entusiasmo pelos museus como espaço de conhecimento e divertimento reinou entre os mais pequenos.
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