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As maratonas desumanas da política

As maratonas desumanas da política

Os membros da Assembleia Municipal de Azambuja são maioritariamente socialistas, mas nem por isso os eleitos rosa votam favoravelmente em todas as propostas apresentadas pela bancada do PS.É o caso do presidente da Junta de Freguesia de Alcoentre, António Morgado. Sempre que chega a altura de autorizar o prolongamento da assembleia além da meia-noite o autarca é o único a levantar o braço em tom de protesto. Nem a oposição faz qualquer menção ao assunto que parece colher unanimidade nos restantes eleitos. A atitude repete-se sessão após sessão. Alguns deputados municipais soltam umas gargalhadas, mas António Morgado leva a sério a sua convicção. Para o presidente da Junta de Alcoentre começar uma sessão às 21h00 e prolongá-la até às 4 da manhã é desumano. Sobretudo para quem tem que se levantar cedo no dia seguinte. Como é o caso do eleito, electricista de profissão no estabelecimento prisional de Alcoentre, que inicia o dia de trabalho às 8h30 da manhã. Para prisão, já basta o trabalho.António Morgado já sugeriu à mesa da assembleia que as sessões se realizem durante a tarde, mas o seu pedido ainda não foi satisfeito. Até lá, como voto de protesto, António Morgado continuará a votar contra o prolongamento da assembleia para lá da meia-noite.Ao toque das 12 badaladas, dado pelo presidente da Assembleia Municipal, António Cardoso, o deputado socialista tira a camisola rosa e começa a pensar em mais um dia de trabalho na verdadeira prisão.
As maratonas desumanas da política

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