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Câmara de Coruche não paga ovelhas mortas

A Câmara de Coruche indeferiu um pedido de indemnização efectuado pelo proprietário de um rebanho de ovelhas que diz ter ficado sem 23 animais devido ao ataque de um cão à guarda do canil municipal. A situação terá ocorrido em 9 de Fevereiro último.De acordo com informação apurada pelo gabinete jurídico da autarquia, a indemnização de 1.500 euros solicitada pelo proprietário das ovelhas não se justifica por não estar provado que o alegado cão pertença ao canil. Que fica situado em instalações camarárias na zona industrial do Monte da Barca, nas imediações da propriedade onde estavam as ovelhas.“O cão recolhido e apontado pelo proprietário das ovelhas como o responsável pelo ataque não possui o chip incorporado como todos os animais que dão entrada e são registados no canil”, destacou o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), na reunião do executivo de 17 de Maio. Uma informação que o veterinário municipal já tinha dado a O MIRANTE (ver edição de 8 de Março 2006).Apesar da informação dos serviços jurídicos da autarquia, os vereadores da CDU defenderam que câmara e proprietário deviam chegar a um acordo para que este não fosse demasiado penalizado. Ricardo Raposo indicou ainda que o inquérito não foi pormenorizado em matéria de peritagem junto dos animais mortos e do cão apontado como responsável pela matança.Dionísio Mendes reforçou que, além do cão referido não pertencer ao canil, se trata de um animal de pequeno porte. “Não acredito que tenha destruído uma cerca de ovelhas e tenha morto 23 animais”, acrescentou. O edil de Coruche esclareceu ainda que apenas os animais menos perigosos do canil são habitualmente soltos por elementos da Associação dos Amigos dos Animais de Coruche ao fim de semana nos terrenos da câmara, enquanto se faz a limpeza do canil. Recorde-se que o proprietário das ovelhas, Vicente Gonçalves, descreveu, em carta dirigida à autarquia, ter-se deparado em 9 de Fevereiro com 23 ovelhas e borregos mortos, além das estacas da vedação e a rede ovelheira destruídas. Assegurava também ter visto um cão com um borrego na boca, que se refugiou dentro das instalações da Câmara de Coruche, junto ao canil municipal, na zona industrial do Monte da Barca. Adiantou ainda que uma funcionária da câmara prendeu o cão com uma trela e levou-o para o canil.A presidente da Associação dos Amigos dos Animais de Coruche referia então, ao contrário da posição do veterinário municipal, que o cão que atacou as ovelhas e borregos tinha entrado há poucos dias no canil municipal e que nada fazia prever aquela situação.Ricardo Carreira

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