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Erro de projecto custa 30 mil euros

Erro de projecto custa 30 mil euros

Recuperação da Escola Almeida Grandella entrou em derrapagem

A Câmara de Azambuja vai gastar mais 30 mil euros na reabilitação da Escola Almeida Grandella, em Aveiras de Cima, por causa de erros e omissões no projecto.

A obra de reabilitação e ampliação da Escola Almeida Grandella, em Aveiras de Cima, Azambuja, vai custar à câmara municipal mais 30 mil euros do que o valor inicialmente previsto.Os trabalhos a mais, que representam 12,6 por cento do valor total da empreitada, foram aprovados na última reunião de Câmara de Azambuja, realizada na segunda-feira, com a abstenção dos vereadores do PSD e com muitas dúvidas levantadas pela oposição.O técnico do departamento de obras, Vítor Rosa, admitiu que os trabalhos a mais necessários para terminar a obra resultam de omissões e erros no projecto, elaborado internamente pela autarquia, mas também se devem ao facto do edifício ser antigo e exigir alguns ajustes.“Os tectos falsos não estavam previstos, mas chegámos à conclusão que para o bom acabamento da obra seriam necessários”, explicou Vítor Rosa. As placas, segundo o técnico, serviram para evitar que as redes de ar condicionado e as instalações elécticas ficassem à vista.PSD e CDU consideram inaceitável que no projecto da obra não estivessem previstos os 236 metros quadrados de tectos falsos, 207 metros quadrados de placas além de telhas e parafusos. “Temos dificuldade em considerar isto trabalhos a mais. Sei que fazer a recuperação de uma casa antiga tem os seus custos, mas não a este ponto”, afirmou o vereador social-democrata, António José Matos.O vereador da CDU, António Nobre, também não poupou críticas à falta de rigor. “Os projectos que o município tem a seu cargo devem ser objecto de rigor orçamental. Não podemos introduzir um elemento de incerteza nos projectos em que nos envolvemos”.A obra de recuperação da escola e futuro centro cultural, um monumento histórico da freguesia de Aveiras de Cima, está a cargo da empresa Virgílio de Sousa Leal, que já ultrapassou largamente o prazo previsto para a conclusão da obra, como confirmou o presidente da autarquia.Joaquim Ramos lembra que os 12 por cento dos trabalhos a mais da obra ficam aquém do 25 por cento permitidos por lei. “Não há uma empreitada neste país que não tenha trabalhos a mais”, diz Joaquim Ramos para quem é normal que surjam imponderáveis que obriguem a alterações de última hora.Ana Santiago
Erro de projecto custa 30 mil euros

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