O Bloco de Esquerda quer saber mais pormenores acerca da empresa multinacional americana TCN que assinou um protocolo com as câmaras municipais de Santarém, Cartaxo e Rio Maior que visa a criação de uma Sociedade de Desenvolvimento Intermunicipal (SDI) (ver edição de O MIRANTE 12 Abril 2005).Tanto na Assembleia Municipal do Cartaxo, por intermédio de Francisco Colaço, como na assembleia da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT), por Pedro Malaca, os bloquistas mostraram muitas reservas em relação à idoneidade da TCN Property Projects Portugal S.A.Francisco Colaço requereu mesmo na última sessão da Assembleia Municipal do Cartaxo informações sobre os representantes legais da empresa, bem como o seu histórico comercial e negocial. Situação a que o líder do município, Paulo Caldas (PS), respondeu dizendo que o protocolo ainda estava pouco definido em termos de números.O deputado do BE muniu-se de várias notícias recolhidas na Internet sobre negócios da empresa em Portugal que envolvem a construção de centros comerciais em Coimbra e na Guarda a envolver polémica com autarcas e eventuais violações de planos directores municipais. O mesmo em relação a alegados benefícios para a multinacional na transacção de imóveis adquiridos e vendidos no mesmo dia com grandes margens de lucro, além de ”ligações perigosas” a autarcas e sociedades de construção.A SDI prevê a realização de investimentos nos três concelhos estimados em cerca de 800 milhões de euros, nos próximos 15 a 20 anos, com a participação financeira de um fundo de investimento holandês. À parceria público-privada devem ainda juntar-se dois bancos portugueses.Recorde-se que o protocolo da SDI foi discutido na Assembleia Municipal do Cartaxo de 28 de Abril e aprovado com os votos favoráveis de PS e PSD, abstenção da CDU e o voto contra do Bloco.