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Polícia volta a atacar no mercado de Santarém

Polícia volta a atacar no mercado de Santarém

Milhares de artigos falsificados apreendidos em operação de grande aparato

O mercado quinzenal de Santarém foi passado a pente fino, numa operação que permitiu apreender quase seis mil cópias ilegais de música e filmes e roupa contrafeita.

No espaço de uma hora polícias e inspectores da IGAC (Inspecção Geral das Actividades Culturais) aprenderam, no domingo, 28 de Maio, milhares de cópias piratas de DVD e CD e roupas contrafeitas no mercado quinzenal de Santarém. Com a protecção de agentes do corpo de intervenção armados de shotguns e espingardas metralhadoras, foram identificados e constituídos arguidos quatro vendedores portugueses e dois paquistaneses.Eram 11h45 quando oito carrinhas do corpo de intervenção param à frente do mercado. Os polícias irrompem pelo recinto a correr entre encontrões e o protesto de vendedores. “Vêm roubar-nos a mercadoria, não nos deixam trabalhar”, gritavam alguns feirantes. Enquanto outros começavam a arrumar as bancas perante a debandada de clientes assustados com o aparato policial. Os agentes e inspectores da IGAC, com o rosto ocultado por capuzes, dirigiram-se às bancas que estavam previamente identificadas. Há gritos, insultos, quando os agentes rodeiam os espaços de venda impedindo a fuga dos vendedores de mercadoria ilegal. Ao mesmo tempo alguns elementos metem rapidamente as cópias ilegais de música e filmes para dentro de sacos pretos. Em meia hora, as autoridades limpam os espaços de venda ilegal, apreendendo um total de 2.874 cópias piratas. Dirigem-se depois em grupo para as carrinhas e carros descaracterizados parados na avenida D. Afonso Henriques. À primeira vista a operação designada “Manhã Tórrida” tinha terminado. Mas em vez de abandonarem o local, os agentes irrompem pela segunda vez mercado adentro atacando agora os postos de venda de roupa. “Quem é o dono disto?”, pergunta uma inspectora da IGAC apontando para um monte de roupas de marca falsificadas. A resposta surge num encolher de ombros. Polícias à paisana, sob um calor perto de 30 graus à sombra das tendas, começam a revolver a banca e a ensacar camisolas. O vendedor já tinha desaparecido. Noutros pontos agentes varrem as bancas com os olhos, metem as mãos nas roupas espalhadas em cima de placas de madeira para ver o que está por baixo. “Olha umas blusas Versace”, alerta um polícia. O corpo de intervenção rodeia o local. A vendedora do lado protesta: “Afastem-se um bocado que eu quero vender e estão a espantar os fregueses”. Em poucos minutos foram retiradas do mercado 2.948 peças de vestuário de marcas como Lacoste, Tommy, Adidas, Nike, Gant, Versace, entre outras. Esta foi mais uma das operações que as autoridades têm feito na região para combater a pirataria, já que é pelo distrito de Santarém que passa grande parte deste negócio ilícito. Em 2005 o distrito de Santarém foi o terceiro com mais apreensões de filmes e músicas, num total de 27.763 cópias falsificadas em formatos CD e DVD. António Palmeiro
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