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Rentabilizar o Centro de Interpretação do Alviela

Rentabilizar o Centro de Interpretação do Alviela

Câmara de Alcanena quer criar no espaço um Centro de Ciência Viva

O Centro de Interpretação da Nascente do Alviela vai ser valorizado com a criação de um Centro de Ciência Viva.

O cenário da Festamb 2006 – Festa do Ambiente – vai ficar marcado pelas obras que decorrem no Centro de Interpretação das Nascentes do Alviela (CINA). Os trabalhos de adaptação do primeiro piso do edifício têm em vista a concretização de um projecto que já vem de longe. E que a Câmara Municipal de Alcanena espera finalmente ver implementado até ao final deste ano. A ideia é transformar o CINA num Centro de Ciência Viva e garantir o pleno funcionamento daquele equipamento, que continua a funcionar a meio gás desde a sua inauguração, em 2002.Uma vontade que nasceu aquando do projecto inicial para o CINA, mas que só recentemente começou a desenhar-se. A candidatura ao Programa do Centro de Ciência Viva do Ministério da Ciência e da Tecnologia foi aprovada em Dezembro de 2003, mas apenas em 50 por cento do custo global, o que obrigou a um investimento do município na comparticipação do projecto.“O previsto era que o centro estivesse a funcionar na totalidade já desde finais de 2005, mas isso não foi possível. De qualquer forma, nós já sabíamos que a parte de baixo levaria o seu tempo a implementar”, diz Maria João Santos, engenheira do ambiente da Câmara Municipal de Alcanena.Um atraso que poderá também atribuir-se às exigências técnicas do projecto, que, segundo Maria João Santos, prevê exclusivamente a utilização de tecnologia nacional. A autarquia confiou na perícia da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, e o Carsoscópio, como se vai denominar o futuro Centro de Ciência Viva do Alviela, vai ser uma obra com assinatura portuguesa.Terminado o projecto, para além do Quiroptário, que já está a funcionar e onde os monitores transmitem em tempo real o quotidiano dos morcegos cavernícolas, os visitantes daquele centro poderão contar ainda com uma biblioteca temática, uma sala de exposições, um Geodromo e um Climatógrafo.No Geodromo, um simulador de 16 lugares convida o visitante a conhecer as origens da nascente do Alviela, recuando 175 milhões de anos, época em que manadas de dinossáurios marcaram a serra de Aire, ao mesmo tempo que se vislumbram as profundezas do maciço calcário.No Climatógrafo, “apetrechado de tecnologia capaz de gerar imagens tridimensionais”, os visitantes são convidados a percorrer os 180 quilómetros quadrados que compõem a nascente do Alviela, assistindo à passagem das estações do ano e descobrindo como é que se chegou à conclusão de que a zona contém uma das maiores reservas de água doce do país.“Queremos que as pessoas que visitam os Olhos de Água levem alguma informação para casa. Por isso vamos ter um leque muito variado de oferta de conteúdos”, no sentido de “aliar as funcionalidades do centro ao agradável espaço exterior”, explica Maria João Santos.Por agora a ideia ainda está em construção, e enquanto não passa da teoria à prática, o CINA continua a funcionar a meio gás, servindo especialmente de alojamento para grupos, e para a realização de seminários, congressos e acções de formação.Carla Paixão
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