A Câmara do Cartaxo reconheceu esta segunda-feira que não há possibilidade de organizar mais uma edição do Festival do Tejo, que costuma realizar-se no primeiro fim-de-semana de Julho.Na base da decisão está a incapacidade municipal para viabilizar financeiramente o festival mas também a falta de patrocinadores privados.De acordo com o vereador com o pelouro da cultura na autarquia, Pedro Ribeiro (PS), as dificuldades por que passam as autarquias mas também o sector empresarial ditam a interrupção no festival. Há cerca de quatro meses, a Câmara de Azambuja, parceira do Cartaxo no financiamento do Festival do Tejo, tinha decidido pôr fim à sua participação no projecto devido aos cortes orçamentais introduzidos na área cultural. Como O MIRANTE deu conta (ver edição de 1 de Março), o responsável pela cultura na edilidade azambujense, Marco Leal, indicava que a participação da câmara nos primeiros anos do festival devia ser apenas um empurrão para que o evento ganhasse sustentabilidade financeira.Com a posição da Câmara de Azambuja, o Cartaxo tentou manter o festival. Mas, pelo menos para 2006, é certo que não se realiza. Cada câmara gastava anualmente cerca de 45 mil euros na iniciativa.O Festival do Tejo teve a sua primeira edição em 2000, na praia fluvial de Valada. Em 2003, o evento já contou com a participação de Azambuja na praia da Casa Branca. Desde então, foi organizado alternadamente pelos dois municípios.