Até há duas ou três décadas Tomar era a cidade com mais peso no norte do distrito. Neste momento as cidades vizinhas pedem meças. O que aconteceu aqui?Teve a ver com a ineficácia da administração local.Mas uma câmara não pode decidir onde passa uma auto-estrada, por exemplo.A câmara se tivesse mais dinâmica se calhar até conseguia puxar a auto-estrada mais para cá. Nem há vontade nem há estratégia. Se queremos uma coisa temos de ser perseverantes.Acha que a população devia ter sido mobilizada em determinadas alturas?Exactamente. Mas isso tem de partir da chefia, da administração.Tomar também não tem tido apoios por parte do Governo, particularmente quando se traçaram os novos eixos viários?Isso depende da força política que se tem.Tomar pode reconquistar a hegemonia de outros tempos?Tomar era uma cidade que eu queria que fosse a quarta do país. Cheguei a pensar, até pela sua localização estratégica, que isso pudesse acontecer.Um sonho que entretanto se desfez.Foi um sonho desfeito. As oportunidades deviam ter-se agarrado há muito mais tempo. Tomar está a ser ultrapassada por Abrantes, por Torres Novas. O que era Torres Novas ao pé de Tomar?