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Nova sede do Ferroviários cada vez mais longe

Câmara do Entroncamento não aceita garantia bancária em troca de desbloqueamento de embargo da obra

O Ferroviários continua à espera que empreiteiro e Câmara do Entroncamento se entendam para poder ter uma sede nova em Março do próximo ano. Mas o município não cede a pressões e acaba de recusar uma garantia bancária proposta pela empresa em troca do desbloqueamento do embargo ao edifício da rua Almirante Reis.

O executivo da Câmara do Entroncamento recusou a proposta de garantia bancária apresentada pela empresa construtora Gonçalves & Baptista em troca da retirada do embargo camarário à obra que está a ser edificada na rua Almirante Reis. A maioria social-democrata justifica a decisão por entender que, no caso de aprovar a proposta, ela iria abrir um precedente perigoso para o município. “Se a câmara aprovasse o assunto abria um precedente. Qualquer empresário podia pôr o município em tribunal por não concordar com o valor da licença, dava uma garantia bancária e enquanto o processo corria no tribunal o prédio era feito”, argumentou o vice-presidente, Luís Boavida O presidente da autarquia foi ainda mais longe ao afirmar que “a câmara não financia obras a particulares, se a empresa não tiver dinheiro para proceder ao pagamento da licença em falta que peça ao banco”. Jaime Ramos reafirmou que enquanto for presidente nunca estará disponível para que a autarquia se substitua ao banco.O processo da obra da rua Almirante Reis arrasta-se desde o ano passado. Na altura a empresa construtora pediu a respectiva licença camarária para iniciar a obra mas na altura de a levantar não concordou com os valores apresentados pela autarquia, que algum tempo antes tinha alterado as taxas municipais.Não concordou e pôs o município em tribunal, começando a obra sem a respectiva licença e levando a câmara a embargá-la. Entretanto o tribunal pronunciou-se a favor da câmara, levando a empresa a recorrer da decisão.Ferroviários envolvidoA situação é mais drástica porque envolve o Grupo Desportivo dos Ferroviários do Entroncamento. O prédio alvo de embargo está a ser construído no local onde funcionava a antiga sede do clube tendo este chegado a um acordo com a empresa construtora.Acordo que previa a assumpção, por parte da empresa, de três compromissos – o pagamento da renda das instalações provisórias do clube, na antiga pensão 1 de Março; o pagamento mensal de uma verba adicional de 750 euros e ainda a cedência gratuita de um espaço para a sede do clube no novo edifício.Em Março deste ano o presidente do Ferroviários afirmava a O MIRANTE que apenas um dos compromissos estava a ser cumprido – o pagamento da renda da sede provisória.Em Novembro do ano passado a construtora cancelou os cheques pré-datados que mensalmente eram descontados pelo clube, justificando esta decisão com o facto de a obra estar parada. Uma situação que se deve manter, uma vez que o embargo continua. O nosso jornal tentou contactar o presidente do Ferroviários mas até à hora de fecho desta edição Vítor Ferreira esteve incontactável.Se a obra não acabar em Março do próximo ano, prazo estipulado para a sua conclusão, a construtora deixará de pagar a renda das instalações provisórias do Ferroviários. Nesse caso o clube ficará com um duplo problema – passar a pagar ele próprio a renda e continuará sem possuir uma sede nova.“A decisão da câmara não tem nada a ver com a questão do Ferroviários”, referiu na reunião de segunda-feira Jaime amos, adiantando que a autarquia “não foi vista nem achada nos acordos que o construtor fez com o clube”.Margarida Cabeleira

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