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Kátio

19 anos - Abrantes

Kátio é uma jovem esperança do futebol do Abrantes Futebol Clube. Joga habitualmente na posição de trinco, lugar onde se sente mais à vontade, mas quer na equipa de juniores, onde alinhou nas últimas épocas, quer na de seniores, onde foi chamado várias vezes, não tem problemas em jogar em qualquer outro lugar. Começou nas camadas jovens do Rio Maior, e não quer acabar só no Abrantes. As suas ambições levam-no a sonhar jogar noutras divisões e mesmo no estrangeiro.

Um bom jogador de futebol deve saber jogar em qualquer lugar?Um bom jogador de futebol deve sobretudo jogar onde o treinador o manda jogar. Gosto de jogar a trinco onde tenho mais alguma liberdade, mas quando o técnico me manda jogar a central ou a médio centro, dou tudo o que tenho para corresponder à confiança que ele depositou em mim.Qual é a sua relação com os árbitros?Sou um bocado refilão. Durante o jogo tenho que falar muito para combater a tensão, e geralmente são os árbitros que me ouvem mais. É claro que não sou muito incorrecto, mas às vezes excedo-me um bocado.E os árbitros são uns santinhos para os jogadores?Já encontrei de tudo. Ainda na época passada nos juniores encontrei árbitros que até chamavam nomes aos jogadores. O que para mim é uma atitude muito má. Se algum jogador respondia era logo punido.Qual foi o momento da sua carreira que mais o marcou pela positiva?Foi o jogo do Campeonato Nacional de Juniores, disputado a época passada aqui em Abrantes, com o Sporting. Jogávamos contra o campeão que tinha uma grande equipa, e nós fizemos uma grande exibição, acabámos por perder, com um golo sofrido no último minuto, mas é o momento que mais me marcou até hoje.E pela negativa?Pela negativa destaco um jogo efectuado em Corroios, onde fomos prejudicados por um árbitro que fez tudo para desfazer a nossa equipa. Acabámos o jogo com apenas oito jogadores em campo.Já foi vítima de racismo?Não ligo muito às bocas vindas do público. Mas no último jogo que disputámos em Portimão, as pessoas exageraram nas agressões racistas. Chamaram-me tudo por eu ser de raça negra. Foi uma atitude muito negativa que me tocou fundo.Se o convidassem para jogar numa equipa onde todos os outros elementos fossem do sexo feminino aceitava?Aceitava. Seria uma experiência engraçada, e podia ser que encontrasse uma namorada que gostasse também de futebol, que é o que eu mais gosto de fazer.

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