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Um restaurante de Santarém que serve “francesinhas”

Um restaurante de Santarém que serve “francesinhas”

Nuno Mota e a aventura do “Santa Brasa”

O restaurante Santa Brasa, em Santarém, tem a particularidade de servir “francesinhas”, um prato típico do Porto. Uma ideia de sucesso que nasceu por motivos clubísticos. Nuno Mota, um perito avaliador de sinistros automóveis que se quis aventurar na área da restauração, diz que se pudesse voltar atrás avaliava melhor a sua decisão, mas é homem de antes quebrar que torcer e garante que vai levar o barco a bom porto. Aos potenciais clientes afiança que as pessoas de Santarém também sabem fazer coisas com gosto e promete-lhes qualidade total.

Como é que um restaurante de Santarém tem como especialidade da casa “francesinhas”, um prato típico do Porto? São daquelas brincadeiras. Como quase toda a minha família é adepta do Futebol Clube do Porto e porque queria ter aqui no restaurante qualquer coisa que não existisse em Santarém optei pelas francesinhas. As francesinhas têm saída?Muita mesmo. Há muita gente que vem aqui por causa das francesinhas, principalmente jovens. Eles conhecem ou já ouviram falar e querem provar. Geralmente saem satisfeitos com a especialidade da casa e costumam voltar com amigos.Que balanço faz destes primeiros meses?Não está a correr como esperava. A crise que o país atravessa é muito grande e noto isso porque nem sempre tenho clientes. Normalmente nos primeiros quinze dias do mês as pessoas almoçam fora de casa. Depois começam a contar o dinheiro e isso nota-se. O ramo da restauração é sempre dos primeiros a sentir as situações de crise. Factores como os pratos do dia são importantes para ter mais ou menos clientes? Sim, esse é um factor a ter em conta. Noto que as pessoas passam e consultam a ementa e que muitas delas entram tendo em conta o que oferecemos. Há dias em que tenho casa cheia.Tem clientes fiéis?Sim, tenho clientes que, independentemente dos pratos, almoçam todos os dias no Santa Brasa. Gostam da comida e do atendimento, por isso escolhem este restaurante o que, naturalmente, me deixa muito satisfeito.Está arrependido de ter aberto o Santa Brasa?Se pudesse voltar atrás pesaria melhor todos os prós e contras dum projecto como este. Mas agora que investi vou fazer tudo para que resulte.Nos prós e contras qual é o peso da escolha da cidade de Santarém? Esta é a minha cidade e sempre quis fazer aqui algo diferente. Mas reconheço que há uma certa tendência, mesmo inconsciente, de dar menos importância ao que aqui se faz. Mas deve ser assim em muitos outros locais. Não é por acaso que há um ditado popular que diz que “Santos da casa não fazem milagres”.Algumas dificuldades não são originadas por excesso de oferta? É verdade. Cada vez há mais restaurantes e menos clientes. É muita oferta para tão pouca procura. Como vê a concorrência? A competição é estimulante mas nem sempre é saudável. Pessoalmente não tenho razão de queixa da concorrência. Tenho verificado que, de um modo geral, há lealdade neste sector. O que tem feito para se afirmar num sector onde, como disse, há excesso de oferta? Desde o início que fixei o preço dos meus pratos e não cedo. Mesmo que abra um restaurante aqui ao lado com preços mais acessíveis não vou alterar os preços porque acho que não seria justo. Iria desvalorizar o meu serviço. Prefiro apostar na qualidade e num bom atendimento. Isso é essencial para o sucesso de um estabelecimento comercial, sobretudo, um restaurante.Continua a exercer a sua profissão de avaliador de sinistros automóveis. Que balanço faz desta experiência como empresário de restauração? Não tenho muito tempo para estar no restaurante mas adoro esta área e por isso investi no Santa Brasa mas sempre pensei que este projecto desse menos trabalho e mais lucro (risos).
Um restaurante de Santarém que serve “francesinhas”

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