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TGV ameaça Companhia das Lezírias

E lá vamos nós destruindo a natureza de uma forma alegre e despreocupada. Sempre em nome do progresso, pois claro. Como se o progresso fossem apenas TGV e Plataformas Logísticas. Não sou fundamentalista nem preconizo o regresso às origens mas já vi o suficiente para saber que a maior parte destas decisões sobre a destruição de zonas protegidas é errada. Olhem à volta e vejam os crimes que foram cometidos até hoje em nome do progresso.Fábricas abandonadas há anos, “pavilhões desportivos” de aldeias que nem para festas serviram alguma vez porque as festas são no Verão e lá dentro faz muito calor, centros de estudo e interpretação de correntes migratórias da formiga azul, eu sei lá. Mamarrachos em ruínas no meio de nenhures e quase todos implantados em terrenos onde não deveriam estar, em nome do bendito progresso. Muitas vezes não é só progresso que está em causa quando se decide destruir zonas importantes de reserva ecológica ou reserva agrícola. É o lucro. São outros interesses. Por vezes há alternativas só que não são adoptadas por darem muita despesa. Este processo não é linear. Por vezes lá vem uma onda de ambientalismo folclórico, como aconteceu no Norte, em Foz Côa, por causa da barragem. Até o Presidente da República da altura lá foi fazer o seu espectáculo para as câmaras e cantar uma cantiguita rap com “as gravuras não sabem nadar, iô”. Agora o que se vê é que anda tudo para lá a nadar, incluindo as gravuras, por causa de tanta água que foi metida.Maria de Fátima Mendes Capinha

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