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Câmaras rompem com multinacional americana

Câmaras rompem com multinacional americana

Sociedade de Desenvolvimento Intermunicipal não passou do papel

A sociedade previa investimentos nos três municípios na ordem dos 800 milhões de euros nos próximos 15 a 20 anos.

As câmaras de Santarém, Cartaxo e Rio Maior desfizeram a parceria com a multinacional americana TCN, que deveria levar à criação de uma sociedade de desenvolvimento intermunicipal.De acordo com o presidente da Câmara do Cartaxo, após seis meses de análise do memorando de entendimento - assinado em 5 de Abril por todas as partes -, as autarquias protagonizaram um “recuo estratégico”, depois de terem solicitado um parecer privado que concluiu que devia ser essa a posição a tomar.“Optámos por um critério mais público que inclua neste entendimento a participação de mais municípios, como Azambuja e outros no seio da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT). A parceria pode ainda estender-se a várias entidades privadas”, explicou o presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), durante a última reunião do executivo municipal.Recorde-se que era intenção da sociedade criar projectos inovadores no território envolvente aos três municípios, face à perspectiva de construção do futuro aeroporto de Lisboa na Ota.O acordo foi assinado pelos presidentes das três câmaras (ver edição O MIRANTE 12 Abril 2006). Mesmo sem grandes certezas, avançou-se com a possibilidade de, no prazo de 15 e 20 anos, se conseguirem realizar investimentos na ordem dos 800 milhões de euros, com apoio do novo Quadro de Referência Estratégico Nacional, que entra em vigor em 2007.A criação da parceria público-privada, à qual deveriam ligar-se dois bancos portugueses, tinha ainda como objectivo agilizar os habituais procedimentos administrativos referentes às obras públicas.Paulo Caldas indicou ainda que entre os objectivos da sociedade estava “demasiado vincada a vertente imobiliária”, o que contribuiu para a decisão de reverter o processo. O facto de a parceria público-privada possuir um peso maior da componente pública do investimento e notícias que saíram no último ano sobre eventuais escândalos de negócios imobiliários envolvendo a empresa TCN ajudaram também os municípios a protagonizar este “recuo estratégico”.
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