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Um grito contra o silêncio e a incompetência

Presidente da Nersant pede mais acção aos responsáveis políticos e associativos da região

José Eduardo Carvalho foi à Universidade de Outono do PS dizer que é urgente que os responsáveis políticos e associativos da região quebrem o silêncio e façam chegar as preocupações da região ao Governo.

“Não consigo compreender como é que na região ainda não se conseguiu encontrar forma dos agentes económicos se entenderem para a definição de uma estratégia comum que integre o Médio Tejo e a Lezíria”, referiu no sábado o presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), na sua intervenção na Universidade de Outono do PS, realizada na Golegã pela Federação Distrital de Santarém do Partido Socialista.Pedindo desculpa à plateia pela sua “franqueza”, José Eduardo Carvalho disse já ter ouvido naquele dia críticas a determinadas pessoas “quando foram elas as primeiras a dizer que as duas comunidades urbanas têm de se entender relativamente a encontrar uma forma de entendimento que não deixasse desagregar este distrito”.Afirmando ser fundamental esse entendimento para dar a volta à situação, José Eduardo Carvalho foi mais longe. Afirmou não conseguir também perceber como é que um presidente de uma associação, os presidentes das comunidades urbanas, deputados “nos calamos num pacto de silêncio e fazemos de conta que não é nada connosco quando não conseguimos fazer demonstrar ao Governo que existem por exemplo projectos de investimento de cem milhões de euros parados por causa de porcarias como desafectações de terrenos em Reserva Ecológica Nacional (REN) e Reserva Agrícola Nacional (RAN)”.“Calam-se quando é anunciada uma plataforma logística em Castanheira do Ribatejo, instalada em terrenos cem por cento REN, que vai rebentar com os parques da região que há anos tentam ser implementados e para os quais os empresários já gastaram milhares de contos na compra de terrenos. E nós não conseguimos criticar esta situação?”, questiona o presidente da Nersant.“A incompetência é toda nossa em não conseguir agarrar estes projectos. Como é que eu próprio, deputados, autarcas, políticos podemos estar calados quando por exemplo deixam o Governo colocar de fora o Terminal Multimodal do Vale do Tejo do plano logístico nacional? E permitir que áreas logísticas que não passam do papel, como o caso da do Poceirão, entrem nesse plano?”.Afirmando que não se podem abandonar os projectos da região, pela importância que têm, o presidente da Nersant disse estar a chegar à conclusão que se os que tiveram e têm responsabilidades públicas “não encararem isto de outra forma, o melhor é ir para casa”. “Se dentro de duas semanas não se encontrar uma forma institucional de resolvermos o problema da integração de estratégias nesta região penso que as pessoas que têm responsabilidades públicas, incluindo eu próprio, devem saber retirar ilações desse facto, porque é uma oportunidade perdida e o futuro irá julgar-nos por isso”, disse José Eduardo Carvalho.

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