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Obra fora de prazo

Obra fora de prazo

Edifício para instalar serviços da Câmara do Entroncamento devia estar pronto em Agosto de 2005

As obras de remodelação do edifício que irá albergar a divisão de obras da Câmara do Entroncamento deviam demorar quatro meses. Mas já ultrapassaram em um ano o prazo previsto.

Os taipais rodeiam a obra, a grua continua montada e os andaimes parecem estar de pedra e cal na frontaria do edifício que irá albergar a divisão de obras da Câmara do Entroncamento. As obras deviam ter sido finalizadas em Agosto do ano passado mas estão longe de estar concluídas.À reunião de câmara foi, na segunda-feira, mais um pedido de prorrogação de prazo, o quarto desde que a obra foi adjudicada à construtora Silvério & Melro, em Abril do ano passado. No total, as prorrogações de prazo pedidas já ultrapassam o próprio prazo estipulado para a ampliação e remodelação do edifício – quatro meses.O presidente da Câmara, Jaime Ramos (PSD) sabe isso tudo, mas diz pouco poder fazer. “Na altura da adjudicação a Silvério & Melro foi a empresa que apresentou a melhor proposta em termos de preço e não tinha nenhum motivo para não lhe entregar a obra”, justifica ao nosso jornal.O autarca neste momento quer apenas a obra concluída, secundarizando a questão dos prazos. “O meu objectivo é que a construção fique feita e bem feita. Se tiver que esperar mais um pouco, paciência”, diz Jaime Ramos, lembrando situações semelhantes em outros concelhos, cujas obras acabaram por nunca se concluírem.Quem não é tão benevolente com as alegadas dificuldades financeiras que a construtora atravessa é a oposição. Os vereadores do PS entendem não ser “no mínimo aconselhável” que as prorrogações de prazo ultrapassem em muito o próprio prazo de execução da obra.Na declaração de voto que apresentaram – a justificar o “não” à última prorrogação pedida pela empresa – Alexandre Zagalo e Ezequiel Estrada referem que os motivos apresentados para a concessão de prorrogações deviam já estar previstos no início da execução da obra.“Na verdade”, dizem, “desde o início da obra estava prevista a instalação de elevadores, assim como também estavam previstas divisórias e respectivo mobiliário”. E finalizam salientando que as dificuldades financeiras da empresa adjudicatária da obra de ampliação e remodelação do edifício “não podem nem devem prejudicar os interesses do município”.O vereador do Bloco de Esquerda, Henrique Leal, optou por se abster aquando da votação de mais uma prorrogação, considerando insuficientes as justificações apresentadas pelo empreiteiro.A última prorrogação de prazo pedida, até 30 de Novembro, é justificada com a necessidade de colocação de divisórias e mobiliário integrado (prateleiras de parede) no espaço. A anterior devia-se à colocação dos elevadores, que ainda não estão na obra.O MIRANTE solicitou esclarecimentos sobre a situação à Silvério & Melro mas o engenheiro de produção, Miguel Saldanha, escusou-se a dar pormenores sobre a situação, afirmando tratar-se de uma questão interna da empresa, que tem de ser discutida em sede própria. Isto é, entre a empresa e o município do Entroncamento.
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