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Trabalhadores aceitam proposta da GM

Dois salários por cada ano de serviço para funcionários da fábrica
A quase totalidade dos trabalhadores da fábrica de automóveis da GM, que fecha portas a 21 de Dezembro deste ano, aceitou a proposta da empresa que na semana passada ofereceu dois salários de indemnização e mais alguns subsídios. Apenas oito dos cerca de 1.100 funcionários que participaram no plenário da semana passada votaram contra a proposta apresentada de acordo colectivo de rescisão.Os trabalhadores comprometeram-se a alcançar nos últimos quatro meses deste ano uma produção de 23 mil viaturas do modelo Combo. Durante dois anos a empresa compromete-se a pagar os seguros de vida e saúde, subsídio escolar e o apoio a funcionários com filhos portadores de deficiência. Os funcionários ficam ainda com um desconto vitalício na compra de viaturas Opel.Para o dirigente da comissão sindical do Sindicato dos Metalúrgicos, que é também funcionário da GM, Luís Figueiredo, o resultado é bom, tendo em conta que inicialmente a empresa tinha intenção de dar apenas 1,75 salários de indemnização por cada ano. “Mas claro que preferia ter mantido o meu posto de trabalho, tal como a maioria dos meus camaradas, e ali ficar até à minha reforma”, referiu a O MIRANTE.As negociações foram retomadas em Setembro depois de um bloqueio às entradas da fábrica. A GM aceitou subir a proposta e reduzir o objectivo de produção de 26 mil para 23 mil viaturas. A empresa irá ainda atribuir uma compensação de 1700 euros para todos os funcionários que trabalharem os dias a que legalmente teriam direito para a procura de emprego, tal como prevê a lei em caso de despedimento colectivo.A GM compromete-se também a procurar soluções para o futuro do espaço e a colaborar na reintegração dos trabalhadores.O encerramento da fábrica de automóveis de Azambuja começou a desenhar-se já este ano. Em Junho a empresa anunciou formalmente a deslocalização da produção para a fábrica espanhola de Saragoça, colocando no desemprego mais de 1200 funcionários.

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