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Defeitos da obra prejudicam moradores

Defeitos da obra prejudicam moradores

Conclusão do Parque Urbano do Forte da Casa anunciada para Novembro

A obra do Parque Urbano do Forte da Casa continua a gerar polémica. Aos atrasos juntam-se os prejuízos dos moradores que pagam a factura dos erros de quem projectou e construiu.

se do Parque Urbano do Forte da Casa arrancou em Fevereiro com 90 dias de prazo, mas passados sete meses ainda não está concluído. Problemas derivados da natureza irregular dos terrenos atrasaram a obra. Recentemente as chuvas provocaram a derrocada de terras para os terraços de alguns prédios que confinam com o parque.A precipitação que se verificou no Forte da Casa há cerca de três semanas arrastou terras do Parque Urbano para o terraço de Maria Rita. A moradora de um dos prédios da rua Alves Redol diz que o terraço “ficou cheio de terra e lama. Tive que tirar aquilo com um balde e uma pá”. Um outro morador do prédio explica que “as terras estão mesmo encostadas ao terraços e sempre que chover vão cair para o terraço porque estão soltas”. Maria Aldina Pereira tem um estabelecimento comercial por baixo de um dos terraços e receia as infiltrações. “Isto não ficou lá muito bem feito. Devia dar mais garantias de segurança”, defende a comerciante.Preocupados com a possibilidade de novas derrocadas os moradores entregaram já um abaixo-assinado à Junta de Freguesia do Forte da Casa para alertar para o problema e reclamar soluções. No documento os moradores chamam ainda a atenção para o facto do sistema de rega da relva do parque estar também a “encharcar” os terraços e a roupa que aí estendem.O presidente da autarquia local, António José Inácio, refere que a junta já conhece a situação, também já comunicada à Câmara Municipal de Vila Franca, responsável pela obra. De acordo com a autarquia vilafranquense, as medidas a tomar para evitar novos deslizamentos de terras vão passar, entre outras, pela colocação de mantas e reforço das redes de drenagem com vista à estabilização dos taludes. A câmara adianta que também a questão do sistema de rega será corrigida, acrescentando que o problema terá sido causado “ por mão humana que tenha alterado o direccionamento dos pivot’s”.O presidente de Junta de Freguesia do Forte da Casa refere ainda que a par desta correcção serão feitas outras na sequência de erros detectados entretanto. Entre eles estão os muros de retenção de terras que não são suficientemente elevados e que originaram já a queda de terras para um caminho pedonal. Também já está a ser alterada a configuração dos corrimões que tinham acabamentos facetados apresentando-se como potencialmente perigosos.Moradores apoderam-se do estacionamentoO desespero pelo prolongamento das obras e a falta de estacionamento na rua 25 de Abril levaram alguns moradores a começar o estacionamento do Parque Urbano. Há cerca de duas semanas arrancaram as vedações que impediam o acesso ao parque e passaram a estacionar aí os seus veículos. Francisco Dores, moradora na rua, é um dos utilizadores do estacionamento. “Andamos aqui sempre aflitos para estacionar o carro, estava aqui este já pronto há mais de um mês e continuava fechado. Alguém decidiu cortar as vedações e começamos a estacionar aqui”. Um outro morador da zona aprova a decisão e justifica-a coma dificuldade de encontrar estacionamento na zona. O residente mostra-se, no entanto, preocupado com o facto de ainda não haver iluminação no parque, “isto assim à noite fica perfeito para assaltos”, alerta.Sara Cardoso
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